Fundada por sócios com expertise em diferentes mercados, iniciativa foca em três áreas: inovação para corporações, aceleração para marketing e vendas e conexão internacional. Foto: Divulgação
A necessidade de transformação digital em corporações e a possibilidade de conectar o ambiente de inovação catarinense a mercados fora do país uniu um grupo de empreendedores – com atuação em diferentes mercados – na formação do D-Hub, uma espécie de hub de negócios e consultoria envolvendo venture capital, mercado corporativo, marketing, comunicação, inovação e tecnologia.
A ideia começou a ser desenhada pelos empreendedores Daniel Eduardo Araújo e Marcus Rocha, que se uniram aos sócios Haroldo Sato (empreendedor com expertise nos mercados de inovação de Portugal e Espanha), Anderson de Andrade (fundador da agência de marketing A2C e sócio da gestora de venture capital Bzplan), Delton Batista (vice-presidente do grupo têxtil Pasquini) e o publicitário Daniel Araújo.
Segundo Daniel Eduardo, CEO da D-Hub, o foco são três áreas de atuação: AdSales, Corporate e International. “Estamos negociando com grandes corporações, governos e startups muito promissoras. Neste início ainda serão poucos projetos, mas de grande impacto”, comenta.
Como lembra Anderson, o D-Hub é resultado de uma série de conexões entre os empreendedores: “o Delton Batista é conselheiro de startups e empresas. Ele nos aproximou do Daniel e do Marcus para formarmos um negócio integrado, com base regional e internacional. Nós queríamos criar um negócio que aproximasse o ecossistema de Santa Catarina ao da União Europeia, com as conexões que o Haroldo Sato estabeleceu em Portugal e Espanha”.
Confira a entrevista exclusiva dos empreendedores ao SC Inova explicando a origem do projeto e o modelo proposto:
SC INOVA: Qual é o modelo de negócio que vocês estão propondo para o mercado?
Daniel Eduardo de Araújo, CEO: Estamos trazendo um novo modelo de atuação, com três frentes de geração de negócios, que atuam de forma integrada. Com a AdSales, queremos acelerar comunicação, marketing e vendas de projetos inovadores, para ajudar estes empreendimentos a ganhar tração e gerar resultado. A Corporate tem como foco auxiliar médias e grandes empresas no seu processo de inovação e transformação digital, com atenção na promoção da cultura de inovação interna e na construção do modelo de inovação aberta. Já na International, nosso objetivo principal é promover as startups brasileiras no mercado global, gerenciando o seu projeto de expansão internacional e captação de investimentos, além da prestação de serviços de consultoria e gestão de investimentos para empresas e investidores, e projetos para implementação de novas tecnologias, soluções e inovação no ecossistema de governos.
SC INOVA – De que forma o ecossistema de inovação ajudou ou validou essa proposta de produtos/serviços?
Haroldo Sato, Co-Founder & Advisor: Nosso posicionamento como “Hub de inovação para resultados” já destaca o papel de colaboradores para o desenvolvimento e fortalecimento do ecossistema brasileiro e catarinense, conectando com parceiros nacionais e internacionais que possuem capacidade de execução, melhores práticas e histórico de sucesso. Nosso portfólio de parceiros será composto por aceleradoras, universidades, investidores, consultores, associações e federações. Atualmente o ecossistema de inovação não é somente encontrado apenas nas grandes capitais. E nós queremos mostrar para o mundo, especialmente na Europa, o que Santa Catarina está produzindo.
SC INOVA – Como vocês estão modelando o sistema de parcerias com outras entidades?
Haroldo Sato – Seremos grandes parceiros da Acate, da Fiesc e de todos os players que tem interesse em promover o ecossistema no mercado internacional. Há uma grande tendência mundial do conhecimento descentralizado, onde o que importa são as conexões e sinergia entre os polos mundiais de desenvolvimento de tecnologia e inovação. Santa Catarina é um grande exemplo deste movimento. Outro exemplo é Portugal: há 10 anos atrás o país não estava no radar dos grandes investidores e nem se falava em unicórnios, agora, desde que o governo e a iniciativa privada vem facilitando e direcionando esforços para o amadurecimento e profissionalização do setor, o cenário mudou, e a demonstração disso são nomes como Farfetch, Talkdesk, Outsystems, Feedzai e Unbabel. O ecossistema português está aberto para fazer conexões com o Brasil.
A mesma coisa vale para a Espanha, que esteve fora da rota da inovação por um tempo. Hoje, Madrid e Barcelona ocupam a 5ª e 6ª colocação como principais hubs europeus. Se você soma as duas, elas estão muito próximas de Londres e Berlim, com mais de 2400 Startups. E os números impressionam e seguem crescendo: os investimentos em Tech companies já superou 1 bilhão de Euros em 2018 e mais de 150 deals foram fechados no ano passado.
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