Cenário de dificuldades acelerou a adoção de soluções como a PX, plataforma que conecta motoristas profissionais a transportadoras, ajudando a reduzir custos, aumentar produtividade e qualificar a mão de obra. / Foto: Divulgação
[24.06.2025]
Redação SC Inova, scinova@scinova.com.br
Em meio a um dos períodos mais desafiadores da história recente, o transporte rodoviário de cargas no Brasil busca alternativas para enfrentar a alta de juros, a dificuldade de acesso a crédito e o crescimento dos pedidos de recuperação judicial. Dados recentes mostram que o segmento de serviços — onde o transporte rodoviário se insere — lidera o ranking de recuperações judiciais em 2024, pressionado por fatores como aumento dos custos financeiros, retração da demanda em setores estratégicos e margens operacionais cada vez mais comprimidas.
A crise acelerou a adoção de soluções de inteligência operacional como a PX, plataforma que conecta motoristas profissionais a transportadoras. Em vez de recorrer exclusivamente a linhas de crédito travadas, empresas passaram a investir em estratégias para controlar custos fixos e maximizar a produtividade da frota.
Fundada em 2019, em Joinville (SC), a PX já reúne mais de 300 mil motoristas cadastrados e mais de 25 mil transportadoras parceiras, alcançando um faturamento de R$ 180 milhões em 2024. Para o CEO e fundador da PX, André Oliveira, a crise trouxe à tona a necessidade de transformação estrutural no setor.
“Acreditamos que é possível fazer mais com menos, girando motoristas de forma inteligente para que os caminhões rodem os 30 dias do mês. Nosso modelo aumenta em 52% a produtividade da frota e gera mais de 30% de economia na mão de obra, um ganho estratégico que, em momentos de crise, faz toda a diferença”, afirma.
Em transportadoras de grande porte e operações complexas, a falta de mão de obra qualificada também era um gargalo crescente. Na Tecmar Transportes, uma das maiores operadoras de carga fracionada do país, o diretor de operações Cristiano Pires destaca que a escolha por modelos flexíveis não se deu apenas por custo, mas também por qualidade. “Observamos impactos positivos na conservação dos veículos, no consumo de combustível e na pontualidade das entregas. A velocidade e a segurança na contratação são diferenciais que agregam valor à operação”, afirma.
QUALIFICAÇÃO E AGILIDADE PARA ENFRENTAR ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA
O apoio à qualificação dos motoristas é outra vertente em que a PX tem investido para fortalecer o setor. Em 2024, por meio da Academia PX, a empresa realizou 25 cursos e emitiu mais de 36 mil certificados, contribuindo para uma redução de 52% nos acidentes e 42% nas infrações de trânsito registrados entre os profissionais cadastrados.
Além da disponibilidade, a qualidade da mão de obra foi um dos fatores que levaram a Anacirema Transportes a apostar na PX. Na visão da diretora Anacélia Panzan, a flexibilidade e o treinamento oferecidos pela plataforma permitiram atender operações de curta duração, que antes eram um desafio logístico. “A PX se adaptou ao nosso DNA de agilidade e mudou a forma como enxergamos a contratação de motoristas”, comenta.
O acompanhamento contínuo do desempenho e a customização dos treinamentos fazem diferença no dia a dia: “no final do período, o motorista é avaliado, o que garante a manutenção da qualidade no serviço prestado”, explica.
Em transportadoras tradicionais, como a Maçaneiro, fundada em 1946, a adaptação ao novo cenário foi decisiva para a continuidade dos negócios. “Antes da parceria com a PX, a falta de motoristas impactava diretamente nosso faturamento. Agora, conseguimos um profissional qualificado em até 24 horas, evitando caminhões parados e perdas operacionais”, relata a diretora financeira Mayra Maçaneiro.
Com juros ainda elevados e volatilidade nos preços dos combustíveis e insumos, o ambiente de negócios para o transporte rodoviário segue desafiador em 2025. A resposta, segundo André Oliveira, passa pela inovação e pela inteligência operacional: “a crise exige agilidade, precisão e novas formas de pensar a logística. Nosso objetivo é mostrar que, mesmo nos cenários mais difíceis, é possível acelerar com estratégia e construir um transporte mais eficiente, sustentável e competitivo.”
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