Com desenvolvimento de projetos imobiliários para investidores, Divid triplica faturamento em um ano

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Com desenvolvimento de projetos imobiliários para investidores, Divid triplica faturamento em um ano

Startup dos sócios Gabriel Accetta, Vitor Bez e Arthur Estrella administra 400 apartamentos no modelo moradia por assinatura em Florianópolis

Proptech dos sócios Gabriel Accetta, Vitor Bez e Arthur Estrella (foto) administra mais de 400 unidades no modelo de moradia por assinatura em Florianópolis – e prepara expansão para outras praças. / Crédito: Divulgação


[FLORIANÓPOLIS, 31.10.2023]
Redação SC Inova, scinova@scinova.com.br

O modelo de “moradia por assinatura” pode parecer ainda pouco conhecido pelo público que busca um imóvel para locação pelos meios convencionais, mas tem se tornado uma alternativa viável (e rentável) para investidores em Florianópolis. É nesse mercado que a proptech Divid, fundada em 2019 pelos empreendedores Gabriel Accetta e Arthur Estrella, vem crescendo de maneira exponencial nos últimos dois anos. Foi quando a startup transformou a ideia original – uma plataforma que faz a gestão de colivings e da comunidade de usuários – em um novo modelo, no qual ela desenvolve projetos para investidores e faz a gestão ativa dos imóveis, oferecendo também outros serviços agregados (facilities). 

“Nós desenvolvemos os projetos para investidores imobiliários a partir de uma análise de dados da região e definimos o projeto vencedor. Nossa metodologia se baseia em dados para o conhecimento da demanda da região, modelagem financeira para avaliar a capacidade de gerar rendimentos do projeto, marketing e tecnologia”, explica o CEO Gabriel Accetta. A empresa cresceu três vezes só em 2023 e hoje conta com mais de 400 unidades assinadas e gerenciadas na Grande Florianópolis – um dos próximos passos é a expansão para outras praças. Além disso, agregou um novo sócio, Vitor Bez, que atua como diretor de Implementação.

“Nossa visão de longo prazo é operar ativos 100% desenvolvidos para a renda de investidores e pensados para a moradia por assinatura”, explica Gabriel. “Mas não operamos qualquer tipo de imóvel. Nossas unidades são 100% completas para morar, seja coliving, individual ou para compartilhar em família”.

Na análise do investidor, conselheiro e CEO do Grupo Brognoli, Eduardo Barbosa, “o modelo de aluguel por assinatura é uma tendência mundial e vai crescer cada vez mais. A questão é que quando uma empresa tenta caminhar nessa direção e buscar o produto no varejo não tem escala, pois demora muito para tracionar. O que a Divid entendeu e está fazendo é captar a demanda desde a concepção do produto, ter uma atuação de ponta a ponta e direcionar adequadamente para o modelo de aluguel por assinatura”. 

Apartamento oferecido pela Divid em Florianópolis: os pacotes de moradia são completos e o morador pode contratar mais serviços por meio da plataforma. / Imagem: Divulgação
Apartamento oferecido pela Divid em Florianópolis: os pacotes de moradia são completos e o morador pode contratar mais serviços por meio da plataforma. / Imagem: Divulgação

MODELO DESLANCHA AO ATENDER TODA A CADEIA DE VALOR DO MERCADO

Nos primeiros anos, os empreendedores meteram literalmente a mão na massa para validar o modelo: “decidimos reformar cinco apartamentos, pintando paredes, construindo cozinhas e reciclando mobília. Conseguimos fazer tudo isso com menos de R$ 30 mil na época”, recorda Gabriel. “O primeiro biênio serviu para entendermos como iríamos desenvolver uma solução para um problema que cada vez que dávamos um passo à frente, ficava maior e mais complexo. Tínhamos que abraçar toda a cadeia de valor da moradia se quiséssemos solucionar os problemas da moradia compartilhada”. 

Foi na segunda fase da empresa, ao se transformar em uma desenvolvedora e operadora, que o modelo deslanchou. A Divid começou a partir de um investimento do Grupo Brognoli e, durante os anos da pandemia (já operando de maneira mais ampla), recebeu um aporte adicional (R$ 500 mil) da Rede de Investidores Anjo de Santa Catarina (RIA SC) para fortalecer o modelo.

“O grande desafio para as startups atingirem o ponto de exponenciação é entender uma parte de toda a jornada e se especializar para conseguir tracionar. O fato é que muitas vezes existe uma dependência dentro dessa jornada e a empresa precisa dar um passo atrás e entender porque ela não consegue encontrar no mercado soluções que complementem suas ideias”, conclui Barbosa.

O CEO da Divid comenta que as startups que operam no mercado de locação (real estate) têm dificuldades em encontrar projetos sustentáveis em termos financeiros e de modelo de negócio – o que levou a empresa a olhar diretamente para a necessidade dos investidores imobiliários. “Fazemos desde projetos de retrofit até desenvolvimento de projetos com incorporadoras parceiras, pois conhecemos profundamente nosso cliente e produto imobiliário”, explica Gabriel.

A startup trabalha preferencialmente com investidores experientes no mercado e faz a gestão completa dos ativos. “Primeiro analisamos o imóvel e a demanda da localização para definir qual o tipo de locação mais aderente e com o melhor potencial de rentabilidade. Somos parceiros das melhores operadoras de Airbnb e incorporadoras que desejam construir soluções inovadoras para seus empreendimentos”, comenta. Os pacotes de moradia são completos e o morador pode contratar mais serviços por meio da plataforma para ter uma experiência mais ampla.

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