Entre as novidades apresentadas pela diretoria da ACATE estão sede nos EUA, expansão da aceleradora LinkLab e novos centros de inovação na Capital / Foto: Marcos Santos
Após 32 anos de fundação, a entidade que representa o setor de tecnologia em Santa Catarina apresentou neste início de dezembro uma nova marca e posicionamento de marca, além de uma série de ações para desenvolver o segmento da economia que mais cresce no estado. Com o nome simplificado para Associação Catarinense de Tecnologia, a ACATE vai priorizar em 2018 projetos de expansão física e de programas inovadores, como a aceleradora LinkLab, iniciada em 2017 e que será replicada em São Paulo e Joinville, e duas novas verticais de negócios para desenvolvimento de tecnologias para construção civil e varejo.
O objetivo é ampliar a cobertura de atuação, facilitar o acesso ao capital e estabelecer novos convênios, ampliando o reconhecimento, dentro e fora do estado, do ecossistema de tecnologia local – a apresentação foi feita durante a festa de encerramento de atividades do ano, em Florianópolis, na última sexta-feira (01/12).
Com relação à expansão física, uma das novidades é a sede em Boston (EUA), que deve começar a operar no primeiro semestre do ano que vem para dar apoio a empresas catarinenses que buscam internacionalização de negócios. A estrutura de atendimento aos associados será dentro da IXL Center, que tem como diretor Hitendra Patel, referência internacional em programas de inovação e que já tem colaborado com projetos de desenvolvimento regional em Santa Catarina.
“Plantamos muito e estamos colhendo rápido”, compara Daniel Leipnitz, presidente da ACATE. “Mostramos pouca coisa do que tem sido feito, mas vai chegar o momento em que o setor de TI será a economia líder do estado, em função do crescimento e da mudança que novas tecnologias estão gerando nas indústrias tradicionais”. Criada em 1986 por um grupo de dez empresas concentradas em um condomínio empresarial no bairro da Trindade, a ACATE hoje representa 1,2 mil associadas que faturam cerca de R$ 6 bilhões por ano e respondem por aproximadamente 5% do produto interno bruto do estado.
“Plantamos muito e estamos colhendo rápido. Vai chegar o momento em que o setor de TI será líder da economia catarinense”, aponta Daniel Leipnitz, presidente da ACATE.
Parte significativa dos principais projetos da entidade desde a fundação foram realizados após 2015, a partir da inauguração de nova sede em um centro de inovação que se tornou o principal espaço de eventos e de negócios de tecnologia em Florianópolis. Ao todo, 42 empresas ocupam o Centro de Inovação ACATE Primavera, que recebeu 100 eventos e reuniu mais de 48 mil pessoas no ano passado.
“A nova sede mudou a nossa história. Já tínhamos várias iniciativas como a incubadora MIDI Tecnológico, as verticais de negócio e um ecossistema consolidado. Mas ao colocar tudo isso num ambiente inovador, as coisas aceleraram. Passamos a olhar pro futuro com o objetivo de construir novos habitats de inovação”, comenta Silvio Kotujansky, diretor de mercado da ACATE.
Com a nova casa em operação, a ACATE deu início a uma série de iniciativas como a Rede de Investidores Anjo (2016), que seleciona e investe em startups locais e de outras regiões; o mapeamento Tech Report (2016), que usou uma plataforma de big data para identificar o faturamento global e por região do setor de TI do estado; o programa de inovação aberta LinkLab, que começou como uma ideia em Power Point em fevereiro deste ano e atraiu nove patrocinadores (de grandes empresas Ambev, Marisol, entre outras de médio porte) para desenvolver novas soluções junto com startups; em abril passado foi inaugurada a sede em São Paulo, que também serve como escritório para várias empresas catarinenses associadas.
Leia mais: Como a Rede de Investidores Anjo, em um ano, se consolidou em SC
No radar de novidades da entidade, estão a inauguração de um novo centro de inovação em Itajaí e outros dois em Florianópolis, nos moldes do espaço da SC-401: o primeiro deles no Sapiens Parque, com área de 8 mil m2, e outro no centro da Capital. “O habitat faz toda a diferença. Precisamos ter mais lugares para as pessoas se encontrarem, criarem ideias que se transformem em projetos e novas empresas, assim podemos distribuir a pujança que estamos vivendo aqui em outras regiões do estado”, conclui Silvio.
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