Talvez nunca tenham sido tão claros os diferenciais do armazenamento privado de dados. Neste momento, custo pode significar a sobrevivência do negócio.
[FLORIANÓPOLIS, 21.05.2020]
Por Jean Jader Martins*
Acompanhar nas últimas semanas a cotação diária do dólar é motivo de dor de cabeça para muitos gestores. Isso porque empresas que contam com estrutura e serviços pagos na moeda americana viram seus custos se elevarem em uma proporção considerável nos últimos meses.
Basta uma análise rápida para perceber o impacto: entre abril de 2019 e de 2020 a variação do dólar foi de 41%. Some a isso uma crise econômica de larga escala e um mercado estagnado para perceber que arcar com este aumento de quase 50% no investimento de fornecedores estrangeiros é simplesmente inviável.
É este o cenário que enfrentam empresas que optaram pela hospedagem de dados em nuvem pública, especialmente as oferecidas por empresas com sede nos EUA. Apesar da popularização da cloud computing e do destaque para a redução de custos internos com a opção de hospedagem externa, claramente a nuvem pública deixou de ser interessante para muitos negócios.
Em contrapartida, a oferta de nuvem privada vem se consolidando neste cenário, já que muitas empresas têm preferido optar por fornecedores brasileiros, aliando assim redução de custos com estrutura própria e pagamento em moeda nacional, erradicando a temida variação.
Somada à questão financeira, a proximidade com fornecedores locais também é um diferencial da nuvem privada. Empresas brasileiras certificadas em segurança e disponibilidade não só oferecem uma margem de investimento atrativa como facilitam a criação de modelos exclusivos e de rápida evolução e melhoria do relacionamento entre cliente e fornecedor.
Talvez nunca tenham sido tão claros os diferenciais do armazenamento privado de dados. Neste momento, em que custo pode significar a sobrevivência do negócio, enquanto segurança segue como questão prioritária no desenvolvimento do trabalho, unir disponibilidade e previsibilidade financeira é uma saída não só estratégica, como primordial.
* Jean Jader Martins é diretor comercial da Global Gate Data Center, empresa do grupo Bludata, com sede em Blumenau.
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