Iniciativa da Fapesc lançada nesta terça (08.03), prevê apoio de R$ 60 mil para empreendedoras como Ana Paula Leite (foto) desenvolverem projetos de inovação. / Foto: Ricardo Wolfenbuttel (Secom/SC)
[FLORIANÓPOLIS, 08.03.2022]
Redação SC Inova, com informações da Fapesc
Apenas 25% das empresas que participam de programas de fomento em Santa Catarina são lideradas por mulheres, de acordo com levantamento realizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado (Fapesc). Para mudança este panorama, a entidade lança hoje (08) o programa Mulheres+Tec, que vai destinar R$ 1,4 milhão para dar suporte a 24 startups catarinenses que tenham lideranças femininas.
Cada empreendedora aprovada receberá R$ 60 mil para investir em sua startup, além de capacitação realizada pelo Sebrae/SC. Serão contempladas quatro empresas de cada região (Norte, Vale do Itajaí, Sul, Grande Florianópolis, Serra e Oeste). Os recursos poderão ser usados para aquisição de equipamentos, materiais, serviços, consultoria e até contratação de bolsistas. Segundo a gerente de Inovação da Fapesc, Gabriela Mager, podem se inscrever empresas lideradas por mulheres, em que elas sejam sócias e também gestoras.
“Ter um edital exclusivo para mulheres abre oportunidades. Elas são muito questionadas a respeito da maternidade e se terão condições de acelerar seus negócios – isso as impede de entrar no mercado e receber investimento”, comenta Tatiana Takimoto, uma das coordenadoras do Programa Mulheres+Tec.
Entre as empreendedoras que receberam algum tipo de recurso para seus negócios no estado está Ana Paula Leite, de Florianópolis, que desenvolveu a Mingoo, uma plataforma para turismo guiado por áudio. Ela submeteu sua ideia inicialmente no Programa Nascer, onde aperfeiçoou o plano de negócio antes de participar do Inovatur II, realizado pela Fapesc em conjunto com a Agência de Desenvolvimento do Turismo de Santa Catarina (Santur).
“A tecnologia é um ambiente mais masculino. Desde que a gente nasce, é enraizado isso na gente. Mas não quer dizer que não pode mudar”, defende.
A engenheira de Produção Elétrica Mirian Thizon Berejuck, de Criciúma, também enveredou pelo caminho empreendedor ao fazer parte da equipe que criou a medtech Medeor, que desenvolveu um hardware e um app para avaliação muscular de força e dor e que foi aprovada no programa Centelha (Finep).
“A minha geração ainda carrega as responsabilidades de mulher, mãe e dona de casa. O desafio maior está em abrir mão disso pela divisão de tarefas. Soma-se essa função à dedicação que exige estar em um contexto de tecnologia, onde coisas novas surgem a todo o momento e temos que buscar novas soluções, além da rotina operacional de uma empresa”, comenta.
Para concorrer aos recursos e às capacitações, é preciso fazer as inscrições até 25 de abril na plataforma da Fapesc, pelo site www.fapesc.org.br.
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