Empresa dos sócios Everton Porath, Lenilson Porath e Fernando Salla (foto), que desenvolveu plataforma digital para licitações, agora é parte da holding de TI criada por Pierre Schurmann, da BossaNova Investimentos.
[FLORIANÓPOLIS, 10.03.2021]
Por Redação SC Inova, com informações de agências
A onda de aquisições de empresas catarinenses de tecnologia segue forte neste 2021. Um dia após o ruidoso anúncio da venda da RD Station à Totvs por R$ 1,86 bilhão, nesta quarta (10.03) foi a vez da startup Effecti, de Rio do Sul (SC), passar para o controle da Nuvini, uma holding de empresas de TI sob o controle de Pierre Schurmann, investidor da BossaNova.
A Effecti nasceu em 2013 desenvolvendo uma plataforma digital que automatiza a participação de empresas em processos de compras públicas (licitações). Hoje, atende grandes corporações como Johnson & Johnson e Claro, que fazem parte do portfólio de 1,4 mil clientes que movimentaram em 2020 cerca de R$ 11 bilhões via plataforma, conforme publicou o portal Exame.com.
A equipe conta com 70 pessoas deve crescer para 110 ainda neste ano – e o resultado esperado é um crescimento de 40% na receita (não divulgada). Em 2018, ano em que participou do programa de capacitação StartupSC, o crescimento foi de 180%.
“Com o processo de licitação digital, fornecedores de todo o Brasil possuem as mesmas oportunidades para vender para o governo. Com a informatização pequenas, médias e multinacionais podem competir igualmente, o que aumenta o número de ofertas e diminui os gastos do estado com as compras públicas” explicou Fernando Salla, CEO da Effecti, em entrevista ao SC Inova. Ele é um dos fundadores, ao lado de Everton Porath – o irmão Lenilson Porath, também sócio, entrou depois.
O processo de venda teve assessoramento da Questum, especializada em M&As para startups e com sede em Florianópolis.
O novo controlador da Effecti conhece bem o território catarinense. Filho dos velejadores Vilfredo e Heloísa Schurmann, Pierre deixou sua cidade, Florianópolis, aos 15 anos para percorrer o mundo com a família a bordo de um veleiro. Viveu nos Estados Unidos e se tornou um empreendedor serial na década de 1990 – uma de suas empresas foi vendida para a norte-americana StarMedia.
Hoje à frente da BossaNova Investimentos, ele pretende trazer mais uma dezena de empresas para seu portfólio de negócios SaaS, com as quais espera gerar uma receita de R$ 350 milhões neste ano. Dado o conhecimento do mercado catarinense – e o perfil de software como serviço que é predominante no ecossistema local – é possível que novas startups do estado passem a fazer parte do império tech do ex-velejador.
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