Abrasel Summit mostra como tecnologia e inovação estão redesenhando o setor de alimentação em SC

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Abrasel Summit mostra como tecnologia e inovação estão redesenhando o setor de alimentação em SC

Evento reuniu mais de 650 empresários e marcou a criação do Núcleo Mariquinha, primeira iniciativa da entidade em uma comunidade.

Evento reuniu mais de 650 empresários e marcou a criação do Núcleo Mariquinha, primeira iniciativa da entidade em uma comunidade. / Fotos: Divulgação


[26.09.2025]
Redação SC Inova, com informações da Assessoria de Imprensa

O setor de alimentação fora do lar movimenta mais de 49 mil negócios e 170 mil empregos diretos em Santa Catarina. Esse peso econômico esteve em pauta na terceira edição do Abrasel Summit, realizada no dia 23 de setembro, na Alameda Casa Rosa, em Florianópolis. O evento reuniu mais de 650 empresários e profissionais, consolidando-se como referência no debate sobre gestão, inovação e tendências do setor.

Além da programação de palestras, o encontro também oficializou o Núcleo Abrasel Mariquinha, o primeiro instalado em uma comunidade. O núcleo já recebe o projeto Acelera Abrasel Mariquinha, em parceria com o Sebrae/SC, oferecendo formação e apoio técnico a empreendedores locais.

“É muito importante ter esse espaço dentro da comunidade, onde as oportunidades nem sempre chegam. A Abrasel abre portas para quem sonha em empreender, levando conhecimento e possibilidades que muitas vezes não estariam acessíveis”, destacou a coordenadora Prince Oliveira Fogaça.

O evento marcou ainda o início das comemorações dos 30 anos da Abrasel em Santa Catarina, celebrado com um coquetel que valorizou produtores e ingredientes locais e reforçando a gastronomia como vetor de turismo e desenvolvimento econômico.

TECNOLOGIA COMO FATOR COMPETITIVO

Para o conselheiro nacional da Abrasel, Célio Salles, os desafios centrais do setor permanecem claros: reduzir custos, aumentar vendas e ampliar a margem de lucro. Mas hoje, afirma, a tecnologia se tornou indissociável dessa equação. “A tecnologia tem que ter propósito: melhorar a qualidade de atendimento, reduzir custos ou aumentar eficiência. Não se trata de usar porque está na moda, mas porque gera resultado prático”, afirmou.

Ele também destacou como o Brasil avança em soluções acessíveis, especialmente em softwares e ferramentas digitais. “Estamos à frente em recursos integrados ao WhatsApp, por exemplo, que já fazem parte da rotina dos negócios e foram discutidos aqui no evento”, acrescentou.

IA COMO COPILOTO DA GESTÃO

Matheus Mason: "sistemas e soluções mais baratas permitem profissionalizar a gestão de forma muito mais acessível". / Foto: Divulgação
Matheus Mason: “sistemas e soluções mais baratas permitem profissionalizar a gestão de forma muito mais acessível”. / Foto: Divulgação

Se a visão estratégica de Célio Salles aponta a tecnologia como fator de competitividade, a fala de Matheus Mason, fundador da Chef.AI, mostrou como a inteligência artificial já está transformando a gestão cotidiana de bares e restaurantes. “Hoje a inteligência artificial é o meu copiloto. Ela me ajuda desde processos de RH até a elaboração de cardápios e campanhas de marketing. Inovar não significa reinventar tudo, mas melhorar processos e ganhar produtividade”, explicou Mason.

Para ele, a inovação precisa ser encarada de forma incremental, como pequenas mudanças capazes de gerar ganhos consistentes. “Antigamente era muito difícil ter acesso a esse tipo de tecnologia. Antes, contratar uma consultoria para análise de dados era caro e inacessível para um restaurante médio. Agora, sistemas e soluções mais baratas permitem profissionalizar a gestão de forma muito mais acessível”, pontuou.

Mason reforça três pontos fundamentais para quem deseja usar tecnologia de forma prática:

  • Buscar ganhos em pequenos processos, traduzindo tarefas do dia a dia em formas mais produtivas.
  • Escolher boas soluções já disponíveis no mercado, sem necessidade de desenvolver sistemas próprios.
  • Estruturar dados e processos de gestão, pois sem uma base sólida de informações, a tecnologia não entrega respostas de qualidade.

“A informação é a chave. Se não tiver dados bem estruturados sobre vendas e resultados, a IA não vai ajudar. Mas quando você profissionaliza a gestão e organiza processos, a própria tecnologia ajuda a multiplicar esses ganhos”, afirmou.

Ele também destacou que a maior barreira ainda é a falta de familiaridade, não a resistência. “Minha sugestão é simples: escolha uma hora do dia para testar uma tecnologia em um processo que você já conhece bem. Aos poucos, a familiaridade vai aumentando, os erros diminuem e os resultados aparecem. É como treinar alguém novo na empresa: se não houver treino, não vai entregar resultados, mas se houver, o ganho vem naturalmente.”