Investidores focaram em duas teses: Jornada da Eletrificação e Mobilidade Elétrica, e Indústria 4.0 e Cidades Inteligentes. Três delas já captaram mais de R$ 20 milhões em editais de subvenção. Apresentação foi feita durante o Smart City Expo Curitiba 2023. / Foto: Divulgação SCEC
[FLORIANÓPOLIS, 29.03.2023]
Redação SC Inova, com informações da Hards/MOA Ventures
A HARDS, primeira aceleradora destinada a startups de hardware do país, com sede em Florianópolis, anunciou as cinco startups escolhidas para o terceiro ciclo de aceleração. Neste último batch (2021-2022), os investidores apostaram em duas teses para escolher os negócios inovadores a serem acelerados.
São elas a chamada “Jornada da Eletrificação e Mobilidade Elétrica”, mercados em amplo crescimento e que teve como premissa encontrar identificar startups que estão desenvolvendo produtos e serviços que poderão ter um papel de liderança no futuro dessas áreas; e a tese de “Indústria 4.0 e Smart Cities”, em que as selecionadas utilizam tecnologias para tornar as indústrias mais produtivas e competitivas e também tornam as cidades mais aptas a trazer benefícios por meio de tecnologia. Três das cinco participantes do novo ciclo já captaram mais de R$ 20 milhões em recursos de subvenção econômica e fundo perdido.
O segmento de soluções para cidades inteligentes também tem ganho espaço entre empresas e setor público, como mostrou o Smart City Expo Curitiba 2023, evento que reuniu público recorde neste ano (cerca de 15 mil participantes) durante três dias de debates e feira de serviços e inovações na capital paranaense. A lista de selecionadas foi apresentada durante painel com participação da MOA Ventures no SCEC 2023.
Das cinco selecionadas, três são catarinenses e as demais do Paraná e São Paulo. São elas:
- movE (Florianópolis/SC): solução para recarga de veículos elétricos. Já captou mais de R$ 4 milhões em fundos perdidos e tem como clientes BMW, Copel, Intelbras, Celesc e outros.
- YAK Tractors (Joinville/SC): desenvolvedora do primeiro trator 100% elétrico do Brasil, que além da venda direta, atua no modelo “trator as a service” atendendo aeroportos, indústrias e prefeituras.
- BitEnergy (Blumenau/SC): Tecnologia de gerenciamento online com inteligência artificial embarcada para controle preditivo de equipamentos refrigerados na cadeia do frio – industrialização e ponto de venda. Em supermercados, chegou a reduzir mais de 50% o consumo de energia e tempo de trabalho dos equipamentos
- Ubivis (Curitiba/PR): plataforma de Inteligência Artificial capaz de tornar uma linha de produção inteligente. Atende diversos clientes de Nestlé a Volkswagen, captou mais de R$ 4.3 Milhões em editais de fomento;
- MOYA (São José dos Campos/SP): Drones elétricos para transporte de cargas até 200Kg. Os fundadores tem vasta experiência e referência na área aeronáutica e já captaram mais de R$ 12 milhões em fundo perdido, além de rodada com o fundo Seed4Sciente (Fundepar/MG).
ECONOMIA REAL COM ALTA DEFASAGEM TECNOLÓGICA
Segundo Marcos Buson, cofundador da MOA Ventures – que gerencia os recursos da HARDS – “a economia real – indústrias, agricultura e agronegócio, logística, cidades inteligentes e varejo, entre outros – ainda estão com uma alta defasagem de tecnologia. Alguns desses mercados evoluíram rapidamente nos últimos anos, como por exemplo o mercado de eletromobilidade”. A MOA, formada por mais dois sócios – Odilo Junior e Alan Freeman – possui também programas de inovação aberta, consultoria corporativa e acesso a crédito para startups.
As startups passam por processo de aceleração contínua que consiste em acesso a mercado com a rede de investidores e parceiros (Sistema S e líderes de associações empresariais), acesso a capital (seed money e venture capital, além de editais de fomento e crédito), além de governança (implantação de conselhos administrativos e boas práticas em todas as investidas)
O portfólio da HARDS (2020-2022), desde seu primeiro ciclo de aceleração, já captou mais de R$ 28 Milhões em editais de fomento à inovação (subvenção econômica), além de rodadas de investidores privados já totalizando cerca de R$ 10 milhões em recursos captados pelas startups. Além disso, opera junto com FINEP, Sebrae e Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações mais de R$1 bilhão de reais em crédito para inovação.
O portfólio é hoje gerido pela MOA Ventures, holding formada pelos sócios Marcos Buson, Odilo Junior e Alan Freeman, que possui também programas de inovação aberta, consultoria corporativa e acesso a programa de suporte a crédito a inovação para startups.
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