Avaliação é dos próprios responsáveis pelas decisões de TI em empreendimentos no Brasil e está acima da média global, que é de 67%. / Foto: Towfico Barbhuia (Unsplash)
[19.12.2022]
Por Redação SC Inova, scinova@scinova.com.br
Lidar com o risco de sofrer alguma investida promovida por cibercriminosos preocupa usuários de sistemas baseados em Tecnologia da Informação o tempo inteiro, afinal, nunca se sabe se a estratégia de proteção adotada é suficiente para eliminar todas as brechas que podem ser exploradas indevidamente. Pior do que isso é não ter a confiança de que será possível recuperar os dados caso um ataque cibernético se concretize – e infelizmente, essa insegurança está presente em 76% das empresas brasileiras.
O dado preocupante faz parte de um estudo realizado pela Dell Technologies e pela consultoria Vanson Bourne que divulgou recentemente que três em cada quatro líderes de TI não têm confiança de que conseguiriam reaver os dados comprometidos por alguma ação maliciosa. O levantamento considerou organizações de diversos setores, com mais de 250 funcionários, passando por empresas privadas e órgãos públicos.
Para mais de 72% dos entrevistados, um dos fatores que mais contribuiu para este cenário de insegurança foi a mudança na forma de trabalho, ocorrida principalmente a partir da pandemia de Covid-19. Especialistas ouvidos pela consultoria afirmaram que as organizações não estão preparadas para lidar com as ameaças que migração para o home office trouxe. Afinal, qualquer sistema de segurança funciona muito melhor se o usuário também fizer a sua parte.
Neste sentido, os resultados da pesquisa trazem outro alerta: as empresas precisam municiar os colaboradores com conhecimento a fim de que eles compreendam que a responsabilidade pela proteção dos dados do negócio é compartilhada por todos. Isso passa pelo cumprimento dos requisitos de segurança da informação e pela adoção de boas práticas – muitas delas tão simples e conhecidas como não clicar em links desconhecidos recebidos por e-mail ou outras plataformas de comunicação digital.
Diversos episódios recentes de ataques do tipo ransomware e lockbit – este último baseado em softwares que impedem o acesso aos computadores – mostram isso. Em outra apuração, desta vez elaborada pelo grupo britânico NCC, a prática de impedir a utilização das máquinas representou 30% dos ciberataques globais atendidos por eles no mês de novembro.
Ainda que a brecha para o início de um ataque seja pequena, os prejuízos são enormes. O impacto financeiro causado ultrapassa os US$ 959 mil em média considerando apenas a perda de dados e supera os R$ 513 mil quando calcula-se financeiramente o tempo de inatividade dos sistemas.
NUVEM: ESTRATÉGICA PARA RECUPERAÇÃO DE DESASTRES
A manutenção de toda a infraestrutura de TI local nem sempre é a estratégia mais adequada para os negócios, por diversas razões, como apontam especialistas. Financeiramente, o custo com a aquisição, manutenção de equipamentos, equipes disponíveis 24/7 e eventuais gastos imprevistos tendem a tirar orçamento de áreas como Pesquisa e Desenvolvimento e outras ainda mais ligadas ao core business.
Tecnicamente, a mitigação dos riscos causados por ameaças digitais exige atualização constante e escalabilidade rápida. Nem sempre as empresas dispõem deste fôlego, o que sugere que a escolha pela modalidade de contratação do tipo Infraestrutura como Serviço (IaaS) pode ser uma saída vantajosa.
Conforme Marcos Stefano, especialista da área com mais de 20 anos de atuação no mercado de cloud e CEO da Armazém Cloud, “a nuvem tem um papel cada vez maior a desempenhar nas estratégias de recuperação de desastres e retenção em longo prazo”.
“A conscientização de que recorrer às aplicações e estruturas em cloud é uma solução racional e eficiente está em ascendência”, diz ele com base nos dados do estudo da Dell. “Quase dois terços das empresas afirmam usar a nuvem para ampliar as chances de sucesso no caso de recuperação de desastres, seja protegendo todos os dados ou apenas os essenciais nesse tipo de serviço”, explica.
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Há demanda para as opções “as a service”, essencialmente para a proteção dos dados por meio de sistemas de armazenamento, backup e recuperação de desastres – facilidades oferecidas graças à ampliação do mercado de nuvem que deve ultrapassar os US$ 240 bilhões globalmente em 2022.
“A segurança cibernética exige movimentos voltados à proteção, previsão de ataques e pronta resposta, passando pela orientação do usuário. A nuvem, por tirar as informações de dentro de casa e contar com equipes dedicadas em tempo integral e ser escalável, é um dos principais recursos com o qual os gestores devem contar para não terem medo de enfrentar os cibercriminosos” conclui Stefano.
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