Em dois anos e meio, primeira ‘startup university’ do país capacitou mais de 1,3 mil empreendedores e gerou 40 investimentos early stage. Fotos: Divulgação
[FLORIANÓPOLIS, 11.08.2022]
Redação SC Inova, scinova@scinova.com.br
*Matéria publicada na edição #1 da Revista SC Inova – saiba mais aqui
Ao voltar de uma imersão na Universidade de Stanford (EUA), o investidor e empreendedor Leandro Piazza viu uma oportunidade de fortalecer o ambiente de startups a partir de uma metodologia inédita no país. No início de 2020, foi lançada em Florianópolis a primeira startup university brasileira, a 49 educação, com foco em uma metodologia de oito semanas que ensina empreendedores a acelerarem seus projetos inovadores do zero até a captação de investimentos.
A 49 educação já impactou mais de 1,3 mil empreendedores por meio de conteúdos de formação e atualização que ajudaram 40 starups egressas a receber investimentos – em rodadas anjos, pré-seed e seed capital. “Somos uma escola de superfounders que encontrou a conexão entre o sonho do empreendedor e o mercado de venture capital”, explica Leandro. A empresa oferece um app de educação com conteúdo aberto e atualizado para todos que já passaram pelos cursos.
Nesta curta jornada, a empresa tem crescido de maneira exponencial: no primeiro ano, teve faturamento de R$ 1 milhão e dobrou o resultado no ano seguinte. Em 2022, deve repetir a expansão de 100% nas receitas. “Provamos na prática aquilo que a gente propaga e ensina às startups”, diz Leandro. Além dos programas de aceleração, a 49 tem uma estratégia ativa de participação no ecossistema de tecnologia – somando os programas de pré-aceleração gratuitos (MVP, apresentação de pitches), participação em eventos e parcerias, já foram impactadas mais de 30 mil pessoas.
“De um lado olhamos a paixão do empreendedor pelo problema que ele quer resolver e de outro percebemos que há um gap no mercado de venture capital para negócios nesta fase inicial de desenvolvimento. Quando um investidor vê o nosso carimbo em uma startup que está buscando um aporte, ele percebe que ali há um ativo de alta liquidez”, afirma.
GERAÇÃO DE OPORTUNIDADES PARA A INDÚSTRIA DE VENTURE CAPITAL
Mais do que chegar pronto até o primeiro investimento, a 49 capacita os empreendedores durante toda a jornada de fundraising: quando e como ir ao mercado, como manter o captable (divisão societária), que investidores são mais estratégicos para o tipo de negócio, a taxa de crescimento para buscar novas rodadas de capital etc.
Nestes 40 deals, as startups investidas foram precificadas pelo mercado e, juntas, somam um valuation de mais de R$ 200 milhões, calcula o CEO: “estamos também a serviço da indústria de venture capital – nos tornamos um gerador de oportunidades para os fundos, anjos e aceleradoras”. Importantes aportes feitos neste ano envolveram startups que passaram pela 49 Educação.
Como a Ottimizza, de Joinville, que desenvolve soluções para automação e integração contábil e que recebeu investimento de R$ 4 milhões do fundo Invisto. Há também a Captei, proptech de Florianópolis que criou uma plataforma de captação e indicação de imóveis, que recebeu aporte ainda maior: R$ 7,5 milhões, liderada pela gestora DOMO Invest. Outro case recente é a Veggi, primeira startup de delivery vegano do Brasil, que recebeu recursos em rodada liderada pela Wow Aceleradora.
A 49 educação tem apoiado o ecossistema de várias maneiras: é patrocinadora de iniciativas de formação empreendedora como o programa StartupSC e o Startup Summit, além de iniciativas sociais, como o Prototipando a Quebrada e turmas dedicadas a mulheres e founders negras.
“Recebemos muitas iniciativas egressas de pré-incubadoras, como Cocreation Lab e ao mesmo tempo ajudamos a formar muitas outras que vão para programas como StartupSC e aceleradoras. Hoje o ecossistema reconhece a 49 educação como parte fundamental dos founders que se destacam”, complementa Leandro.
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