Solução antifraude fundada pelos ex-empreendedores da catarinense Decora também vai monitorar transações via PIX. Rodada foi liderada pela ABSeed e participação de Fuse Capital e Honey Island by 4UM. Na foto, os sócios Gustavo Tremel e Paulo Orioni (Divulgação)
[FLORIANÓPOLIS, 26.10.2023]
Redação SC Inova, com informações de Agências
Um flanco ainda pouco explorado por startups brasileiras, o de segurança cibernética no mercado de cripotomedas, foi o caminho escolhido pelos ex-empreendedores da Decora (vendida em 2018 para a norte-americana CreativeDrive) Gustavo Tremel, Paulo Orione e Daniel Smolenaars, para criar a VAAS, uma startup que atua com monitoramento transacional – e que anunciou nesta quinta (26) a captação de R$ 10 milhões em uma rodada pré-seed. O aporte foi liderado pela ABSeed Ventures, gestora 100% focada em SaaS B2B, e contou com a participação dos fundos Fuse Capital e Honey Island by 4UM.
A VAAS atua para proteger instituições financeiras – como bancos, exchanges e plataformas DeFi – contra riscos regulatórios e transações de alto risco. A startup criou uma plataforma única de análise em blockchain que cruza dados on-chain e off-chain para detectar entidades de risco e inconsistência. Com a solução, a startup monitora movimentações cripto e pix em tempo real e pode, ainda, bloquear transações suspeitas automaticamente. Além disso, a plataforma é capaz de analisar e verificar as origens dos recursos de clientes e destinatários.
Agora, com o dinheiro em caixa e apoio de fundos referência no segmento, a startup vai focar no desenvolvimento de novos produtos e acelerar ainda mais a incorporação de inteligência artificial (IA) em suas soluções proprietárias de monitoramento transacional. Além disso, a VAAS deve avançar no processo de go-to-market da plataforma – posicionando a ferramenta disruptiva no mercado brasileiro como principal solução de segurança para instituições financeiras.
“Cada vez mais, percebemos que a demanda por monitoramento transacional só tem aumentado. De um lado, as transações de PIX têm batido todos os recordes. Do outro, o Drex chega com capacidade para alavancar inúmeros produtos financeiros com poder transacional muito relevante. Com este cenário promissor, estamos muito contentes em levantar essa rodada. O aporte vem para nos ajudar no nosso objetivo de despontar como uma relevante solução de segurança”, comenta Gustavo Tremel, CEO da VAAS.
Segundo ele, a startup já tem atendido alguns bancos nesta fase piloto. As informações são captadas a partir do cruzamento de bases de dados e com parcerias como com a B3. Essa expertise foi utilizada, por exemplo, para ajudar na recente CPI das Pirâmides Financeiras.
De acordo com Felipe Coelho, sócio-fundador da ABSeed, o aporte se explica pela urgência do problema – e o trackrecord bem-sucedido dos empreendedores. São empreendedores de segunda geração, que já montaram um primeiro negócio e que tiveram muito êxito. Esse time agora está à frente de um business que ataca um problema urgente que é a cibersegurança, com capacidade de prevenir e interceptar a lavagem de dinheiro“.
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