Evento reuniu especialistas e líderes públicos para abordar o uso de novas tecnologias como forma de enfrentar desafios urbanos e promover a eficiência nas cidades. / Foto: Divulgação ACATE
[FLORIANÓPOLIS, 09.09.2024]
Redação SC Inova, com informações da ACATE
Pensar o futuro dos centros urbanos com sustentabilidade e inteligência. Este foi o foco do Urban Tech Forum, evento de tecnologia e inovação para cidades, realizado na última quinta-feira (05), no Passeio Sapiens, em Florianópolis (SC) e organizado pela Vertical Smart Cities da ACATE.
“Este evento é um grande encontro entre pessoas que acreditam em um desenvolvimento sustentável para as cidades”, definiu Thaís Nahas, diretora da Vertical Smart Cities, na abertura do evento. “As cidades precisam ser cada vez mais eficientes porque essa é uma demanda da sociedade, que pede também mais sustentabilidade, com equilíbrio entre recursos naturais e financeiros”, complementa.
Na primeira trilha de conteúdos, especialistas debateram a transformação digital no setor público, destacando riscos de ciberataques e o uso de dados para decisões mais assertivas. O painel contou com a presença de Lucas dos Santos (CREA-SC), Sergio Weber (TJSC), Rodrigo Zeferino (MPSC), e Alessandro Garibotti (Lab Of Codes). O debate enfatizou a importância de capacitar pessoas e investir em processos e tecnologias para a preservação da segurança digital. Um desafio mencionado foi a efetividade dos projetos de IA, com base em uma pesquisa da Gartner que indica que 30% das iniciativas de IA poderão ser abandonadas até 2025.
Em outro painel, o conceito de gêmeos digitais foi discutido como uma ferramenta poderosa para a gestão urbana. Matheus Joaquim Cofferri (MJ Telco Consulting), Celso Berri (Webphy), e Laura Lidia Rosa (Urban Etc) abordaram como essa tecnologia pode ajudar a monitorar e prever dinâmicas urbanas. Foram apresentados exemplos de sua implementação em cidades como Singapura, onde gêmeos digitais são usados para planejamento urbano e monitoramento de tráfego.
A sustentabilidade urbana foi outro tema-chave, com foco em esforços para integrar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU em políticas municipais e estaduais. Cibele Assman (Prefeitura de Florianópolis), Luis Kronbauer (Seplan), e Cristiane Casini (SEMAE) discutiram ações como construções sustentáveis, descarbonização, eficiência energética e o laboratório de inovação Living Lab 5G. A discussão também ressaltou a importância de integrar o setor privado e o público para garantir a eficiência dos serviços prestados às cidades.
A mobilidade urbana foi amplamente debatida em dois painéis. O primeiro, focado no impacto do turismo nas cidades e na integração de modais, contou com a participação de José Almeida (BuscaOnibus), Rodolfo Nicolazzi (LabTrans-UFSC), Anderson Ribeiro (Floripa Airport), e Carlos Cappelini (Toordata). Eles exploraram como a falta de planejamento adequado pode afetar a infraestrutura das cidades e sugeriram alternativas como o incentivo ao transporte ferroviário e aquaviário. Anderson Ribeiro, do Floripa Airport, destacou os avanços no aeroporto, incluindo novos voos internacionais e a promoção de mobilidade sustentável com linhas de ônibus, bicicletários e estações de recarga para veículos elétricos.
No painel final, a mobilidade urbana foi novamente discutida, com foco em tecnologia e eletrificação. Representantes da Prefeitura de Florianópolis, como Rafael Hahne (Transportes e Infraestrutura) e Michel Mittmann (Planejamento e Inteligência Urbana), apresentaram projetos de mobilidade ativa, como a iluminação pública para pedestres e ciclistas, e o uso de bicicletas compartilhadas e patinetes elétricos. A necessidade de soluções sustentáveis para a logística urbana e o e-commerce também foi discutida por Nelson Fuchter (Fever Mobilidade) e Diogo Seixas (ACATE/EVPV Power), que destacaram o papel do setor privado e público na promoção de veículos e modais sustentáveis.
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