Startup Summit 2022: SC pode ser um drive de crescimento sustentável e empregos qualificados

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Startup Summit 2022: SC pode ser um drive de crescimento sustentável e empregos qualificados

Potencial do setor de tecnologia e inovação catarinense foi o destaque da abertura do Startup Summit 2022 no CentroSul em Florianópolis.

Potencial do setor de tecnologia e inovação catarinense foi o destaque da abertura do Startup Summit 2022 no CentroSul em Florianópolis. Foto: Fabricio Almeida


[FLORIANÓPOLIS, 04.08.2022]
por Lucio Lambranho, especial para Agência SC Inova

Ávidos pelo contato presencial, os participantes do Startup Summit 2022 ocuparam 15 minutos antes da abertura do evento todas as 2,2 mil cadeiras do espaço que recebeu a primeira plenária nesta quinta-feira no Centrosul, em Florianópolis. Na abertura do encontro, o presidente da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), uma dos organizadores do evento junto com a Associação Empresarial de Florianópolis (ACIF) e o Sebrae, destacou o potencial do setor catarinense de tecnologia na retomada do crescimento econômico do Brasil após a pandemia e na geração de empregos.

“Nossa maior dificuldade hoje é ser um drive de crescimento sustentável na formação de mão de obra qualificada”, apontou Iomani Engelmann que também destacou os números do ecossistema local na área de emprego e de novos posto de trabalho. Os dados do estudo Tech Report 2021 revelam que o setor tem 67,8 mil trabalhadores e que Santa Catarina é o quarto maior estado em número de colaboradores no setor de tecnologia brasileiro, atrás de São Paulo, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. Nos últimos anos, a média de novas vagas no setor se manteve entre 3 a 4 mil novos trabalhadores, com uma redução dessa média para 2,4 mil em 2020. Já em 2021, o setor acumula um primeiro semestre com mais de 6,3 mil vagas geradas.

O prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, também destacou os dados da capital de Santa Catarina na geração de empregos. Segundo o prefeito, em 2021 a cidade foi a que mais criou empregos com carteira assinada em todo o Brasil. “Florianópolis é uma cidade apropriada para a tecnologia. Aqui temos 2% de ISS e menos impostos do que em outros centros”, pontuo Neto.

Paulo Alvim, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações e que foi secretário Nacional de Empreendedorismo e Inovação da pasta, destacou que a estratégia criada especialmente desde 2019 pelo setor de tecnologia em Santa Catarina se consolidou neste ano. “O Startup Summit é agora o maior evento de startups do Brasil. E as startups têm uma relação muito forte com a ciência e a tecnologia”, afirmou. Para Alvim, os desafios da reindustrização do Brasil e de tornar o agronegócio nacional sustentável será conquistado apenas com investimentos no setor e empresas inovadores como as startups. “Este setor gera postos de trabalho qualificados e tem geração e notas fiscais, o que cria o ciclo virtuoso de crescimento”, acrescentou o ministro.

INOVAÇÃO QUE NASCE DO CAOS

“É a mentalidade empreendedora que vai salvar o Brasil”. Com esta frase, Camila Farani abriu sua palestra no Startup Summit 2022, a primeira do evento e destinada aos empreendedores em estágios iniciais com seus principais desafios nos seus negócios. Farina, reconhecida pela Association for Private Capital Investment in Latin America (Lavca) como uma das principais investidoras da America Latina, ressaltou o papel da inovação na manutenção e competividade das startups. “A inovação nasce do caos. Em 2020 a pandemia acelerou a digitalização. Há doze anos falavam que era balela o investimento anjo”, disse a co-fundadora da Staged Ventures, empresa criada para investir na internacionalizar empresas brasileiras.

A empreendedora mostrou inovações que estão mudando o cenário de negócios como a blockchain, metaverso, NFTs e Defi, as finanças descentralizadas. Entre as aplicações ela mostrou o caso da a Beep, empresa de sistemas de gestão de frotas de carros autônomos, que foram usados para transportar suprimentos médicos e testes para covid-19 na Mayo Clinic, na Flórida. O serviço foi desenvolvido uma parceria com o setor público local e as empresas Beep e Navya, duas startups norte-americanas. “Não adianta você achar que isso vai parar e quem não estiver inserindo blockchain, metaverso e NFTs no seu negócio vai estar fora”, aposta.

Camila, que começou a empreender com apenas 16 anos em um pequena empresa da família, já aportou mais de R$ 40 milhões com co-investidores, pools de investimentos, além da sua própria holding, em cerca de 45 empresas, gerando um ecossistema que movimenta mais de R$ 3,7 bilhões por ano e emprega mais de 15 mil pessoas. Ela é a única mulher reconhecida como a melhor Investidora-Anjo no Startup Awards em 2016 e 2018.