App Nohs Somos conta com duas funcionalidades: botão de pânico para situações de perigo e um mapa de segurança que mostra estabelecimentos e eventos amigáveis. Expectativa é arrecadar R$ 88 mil em até 60 dias.
Um grupo de Florianópolis (SC) se uniu para construir um aplicativo que promove segurança, assistência e prevenção às pessoas LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e intersexuais), a partir de reuniões de criação conjunta com a comunidade. No último dia 7 de maio, foi lançado o financiamento coletivo do app Nohs Somos e a expectativa é arrecadar o valor estipulado de R$ 88 mil em até 60 dias.
O aplicativo foi idealizado por cinco amigos, os arquitetos Bruno Jordão e Hottmar Loch, a designer Nadyne Garcia, o jornalista Felipe Figueira e o desenvolvedor Douglas Gimli. O projeto teve início em março, a partir de reuniões com convidados da comunidade LGBTI, em que debatiam os problemas que cada um enfrenta e quais melhorias poderiam ser agregadas ao app.
A ideia é usar a tecnologia como ferramenta de apoio entre os usuários. São duas principais interfaces: na primeira, quando o usuário estiver em perigo, pode acionar o botão do pânico. Sua localização e as principais informações são enviadas para as pessoas próximas e seus amigos cadastrados no aplicativo, que podem prestar assistência e chamar a polícia. A Cheesecake Labs, empresa com sede em Florianópolis e que participa de algumas iniciativas de impacto social, irá desenvolver o aplicativo e custear parte do projeto.
“Em uma situação de risco, ligar para a polícia pode sim ser difícil. Vamos supor que a vítima não tenha tempo para informar seus dados durante a ligação. Isso pode levar minutos. Nesse momento, seus contatos conectados ao app conseguem ajudar, porque eles terão acesso a esses dados”, explica Bruno Jordão, diretor operacional.
Na segunda interface, o usuário conta com um mapa de segurança que mostra os lugares amigáveis e também eventos, estabelecimentos e profissionais LGBTIs e simpatizantes. Além disso, o usuário pode identificar no mapa se existem relatos de LGBTIfobia em alguma rua, por exemplo, ou antes de ir a um estabelecimento pode se informar quanto às avaliações que aquele local já teve sobre receptividade e respeito ao público.
“Temos que entender, também, que tipo de violência o aplicativo busca combater, já que os riscos de agressão não são iguais para todo mundo. A grande questão é: além dessa probabilidade, tem pessoas que sofrem o risco de serem agredidas simplesmente pela orientação sexual ou pela identidade de gênero, e é esse tipo de violência, em específico, que o aplicativo busca combater”, defende Nadyne Garcia, diretora de criação da Somos.
A versão beta será lançada em outubro e a previsão de lançamento nacional é no 1º semestre de 2020.
O link para doações para o app Nohs Somos é https://www.catarse.me/nohssomos?fbclid=IwAR333YVQsrScfaW13pacfDAsIZ00MUcAL9qSUmKhtv9ur5tx_3q5tbNRcAo
SIGA NOSSAS REDES