Referência em inovação no Norte de SC, Softville completa 30 anos

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Referência em inovação no Norte de SC, Softville completa 30 anos

Criada em 1995 por articulação entre universidade, empresas e poder público, entidade celebra histórico de apoio a negócios de base tecnológica – e sua própria reinvenção

Criada em 1995 por articulação entre universidade, empresas e poder público, entidade celebra histórico de apoio a negócios de base tecnológica – e sua própria reinvenção. / Foto: Divulgação


[04.08.2025]
Redação SC Inova, com informações da Assessoria de Imprensa

Fundada em 1995 a partir de um movimento colaborativo entre poder público, universidades e empresários, a Fundação Softville chega aos 30 anos como uma das instituições mais importantes da história da inovação em Joinville e no Norte de Santa Catarina. Ao longo de três décadas, foi incubadora de dezenas de negócios de base tecnológica, ajudou a consolidar uma cultura empreendedora e se tornou um símbolo da capacidade local de articular atores diversos em torno de um projeto coletivo.

Para marcar a data, uma cerimônia realizada no último dia 29 de julho, na sede da Associação Empresarial de Joinville (Acij), reuniu ex-presidentes, representantes dos conselhos da fundação, empresas apoiadoras e instituições parceiras. Mas, além da comemoração, o evento serviu como resgate da memória institucional e como ponto de partida para pensar o papel da Softville nos próximos anos.

“Celebrar 30 anos de trajetória é também reconhecer o valor das pessoas, das decisões coletivas e da coragem que nos trouxe até aqui”, afirmou Romualdo Silva, diretor-presidente da fundação. “A Softville nasceu de um sonho coletivo e se transformou em um legado. Em cada ciclo, manteve-se fiel ao seu propósito: ser ponte entre ideias e resultados, entre talentos e oportunidades, entre pessoas e impacto.”

A origem da Softville antecede termos como “startup” ou “ecossistema de inovação” entrarem em voga. Em meados dos anos 1990, quando o ambiente empreendedor da cidade ainda era incipiente, a fundação foi registrada em cartório com apoio do então reitor da Udesc, Raimundo Zumblick, e idealizada por nomes como Reinoldo Dario Miranda, Ninfo König, Sergio Gargioni, Ivo Birkholz e Karin Schmidlin. Ao longo dos anos, passou por mudanças institucionais e operacionais, acompanhando as transformações do setor de tecnologia e o amadurecimento da região.

Durante mais de duas décadas, teve sede no campus da Udesc em Joinville. Desde 2019, está instalada no Ágora Tech Park, ampliando seu papel como elo entre startups, grandes empresas, academia e governo. A incubação de negócios de base tecnológica segue como eixo central da atuação — nos últimos quatro anos, mais de 30 empresas foram apoiadas com acesso a infraestrutura, capacitação, conexões e suporte gerencial.

Para Fabiano Dell Agnolo, atual presidente do Conselho Curador da Softville, a longevidade da fundação se deve também à solidez de sua governança, que passou por uma reestruturação importante em 2016. “Como toda instituição que nasce à frente de seu tempo, a Softville teve que resistir, se reinventar, superar ciclos e crises. Nosso papel hoje é garantir que ela continue ampliando sua atuação e representando a região Norte de Santa Catarina”, afirma.

A atual gestão é formada por diretores e conselheiros que atuam de forma voluntária, vindos de diferentes setores da sociedade. Parte da força da fundação, segundo os participantes da homenagem, está justamente na diversidade de vozes e no senso de missão compartilhada que a sustenta.

Além dos depoimentos e reconhecimentos prestados na solenidade, um trabalho de resgate histórico está em andamento e prevê a produção de um documentário para registrar a contribuição da Softville à cidade e ao estado. Nomes que passaram pela gestão da fundação — como Ademir Rossi, Gerson Lagemann, Dieter Neermann, Dionei Domingos, Luiz Melo Romão, José Fragalli, Fabiano Bossle Miguel, Jorge Fernandes, Márcio Jacson e Pedro Shioga — também foram homenageados.

“Sabemos que a história da Softville é maior do que aquilo que está escrito. Ela está também nas vivências e no trabalho de bastidor de tantas pessoas”, reforça Romualdo.