Smart City Expo: “Março será o mês da inovação em Curitiba”

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Smart City Expo: “Março será o mês da inovação em Curitiba”

Em 2024, calendário agregou diversos eventos e anúncios relevantes para o emergente ecossistema da capital paranaense.

Em 2024, calendário agregou diversos eventos e anúncios relevantes para o emergente ecossistema da capital paranaense. Em 2025, evento de cidades inteligentes será realizado no estádio do Athletico. / Foto: Divulgação SCEC   


[CURITIBA, 21.03.2024]
Redação SC Inova, scinova@scinova.com.br  

O mês de março entrou definitivamente no calendário dos eventos de inovação em Curitiba a partir deste ano. Uma série de eventos pela cidade e anúncios de novos projetos (confira aqui) para desenvolver o ambiente de tecnologia e inovação foram o “talk of the town” nas últimas semanas. A estratégia tem sido utilizada em várias cidades que estão desenvolvendo seus ecossistemas: em Miami, por exemplo, o “tech month” é abril; em Austin (Texas), o South By Southwest atrai o mundo em março; em Santa Catarina, Florianópolis escolheu seu mês mais fraco turisticamente (agosto) para promover dezenas de eventos de inovação e tecnologia, enquanto Blumenau aproveita a tradicional Oktoberfest para mobilizar a comunidade empreendedora. 

Nesta quarta (20), teve início o mais midiático dos eventos de Curitiba, o Smart City Expo, que abre a temporada de encontros globais sobre o tema, englobando sedes regionais como Bogotá, Dubai e a cidade-sede da iniciativa, Barcelona. 

Para Beto Marcelino, CEO do iCities, realizadora do SCEC, o mês de março é estratégico: “dentro do circuito de smart cities da FIRA, o ano termina em Barcelona e começa com o evento de Curitiba, isso é muito bom, pois ficamos com o protagonismo no tema, as empresas podem apresentar suas tecnologias e ja tem seus orçamentos para o ano definidos”. Com cerca de 16 mil participantes, o evento apresenta soluções para digitalização de cidades, mobilidade urbana, inovações sustentáveis, segurança pública, paisagismo e tecnologias que podem transformar o cenário urbano brasileiro. O foco não são apenas as grandes cidades, mas também os municípios pequenos e médios. 

“A grande sacada”, complementa, “é aliar isso a outros eventos: só nestas semanas a cidade recebeu também a Feira Internacional de Destinos Inteligentes, o Festival de Inovação, Brazilian Awards, eventos do Sebrae aqui na feira… Além disso, foge um pouco do estereótipo de que Curitba é uma cidade fria. No verão, somos uma cidade quente”, explicou.

Com a temperatura acima dos 30 graus nos primeiros dias do evento (potencializado pela infraestrutura do Centro de Eventos do parque Barigui), o calor gerou um desconforto entre os participantes. Esta foi uma das razões para a organização do evento anunciar uma nova casa para o Smart City Expo Curitiba 2025, que vai acontecer na Ligga Arena, o moderno estádio coberto do Clube Athletico Paranaense. 

“Vamos conseguir ter mais interatividade, mais humanização e experiências imersivas em uma arena multiuso. Mostrar in loco o que são as aplicações que uma cidade inteligente pode oferecer aos cidadãos”, disse Rafael Marques, vice-presidente de negócios da Ligga, empresa patrocinadora do SCEC e que também detém os naming rights do estádio rubro-negro.

“CURITIBA PRECISA DOS JOVENS PARA CONSTRUIR UMA NOVA NARRATIVA”, DIZ ESPECIALISTA

O diretor de Resiliência de Medellín, Santiago Uribe: “é preciso novas lideranças, novas ideias, acho que a cidade precisa revisar sua narrativa”. / Foto: Agência SC Inova

Por mais que a capital paranaense esteja com viés de alta em relação a eventos de inovação e tecnologia, um dos keynotes do evento acredita que a cidade precisa retomar seu protagonismo dentro das referências globais em smart cities. Para antropólogo Santiago Uribe, diretor de resiliência do municipio de Medellín (Colômbia), Curitiba “‘foi uma referência mundial para a reestruturação de cidades, mas hoje quando se fala nas cidades com o melhor sistema de mobilidade, ninguém vai falar de Curitiba, vão falar de Quito, Cidade do México, Medellín… é preciso novas lideranças, novas ideias, acho que a cidade precisa revisar sua narrativa, não ficar apegada ao passado”. 

“A narrativa de hoje, com todo respeito, é voltada para pessoas como eu, com mais de 50 anos, fica cansativa. Precisamos contar com os jovens, para construirmos uma nova narrativa em conjunto, sem esquecer a história da cidade que é muito rica, mas olhando para as necessidades da nova geração”, ressalta Uribe.

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