Inovação: SENAI cria hub para acelerar descarbonização da indústria em SC

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Inovação: SENAI cria hub para acelerar descarbonização da indústria em SC

Além da estratégia para combater emissão de gases, entidades industriais apresentam ao governo de SC programa de pesquisa espacial

Além da estratégia para combater emissão de gases poluentes, entidades industriais apresentam ao governo de SC o programa de pesquisa espacial lançado em 2023. / Foto: Filipe Scotti (Divulgação FIESC)


[FLORIANÓPOLIS, 01.02.2024]
Redação SC Inova, com informações da Agência FIESC

Os desafios impostos pelas mudanças climáticas devem dar o tom dos debates na reunião de cúpula do G20 que o Brasil recebe em novembro, no Rio de Janeiro. Na Europa, a questão da descarbonização está no centro da agenda de lideranças políticas, econômicas e industriais. Esta emergência global levou a Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) e o SENAI/SC a apresentarem iniciativas de inovação e desenvolvimento ligado à descarbonização e – em outra frente – a realização de pesquisas espaciais. 

Este foi o cardápio temático de reunião entre a entidade industrial e o Governo do estado nesta quarta (31), em Florianópolis. Para acelerar a descarbonização da indústria, o SENAI organizou um hub que atua na formação de pessoas, em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para uso em escala e novos modelos sociais. O primeiro programa visa descarbonizar a cadeia de proteína animal.  “É uma agenda permanente e novos integrantes vão sendo inseridos nos grupos de acordo com a adesão ao tema”, explica o diretor regional do SENAI, Fabrizio Machado Pereira. Programas para outras cadeias produtivas também estão abertos.  

Entre as soluções que o SENAI já oferece está o inventário de gases de efeito estufa (GEE) e o objetivo é lançar em 2024 um inventário setorial por amostragem para mensurar as emissões da indústria catarinense, contemplando 40 empresas de diferentes portes e setores. 

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O presidente da SCGás, Otmar Müller, apresentou as oportunidades relacionadas à conversão dos motores da frota de veículos de transporte de carga que, segundo ele, consome 230 milhões de litros de óleo diesel por mês. “A substituição do óleo diesel pelo gás natural representaria 30% menos emissão de gases de efeito estufa. O investimento ocorre na conversão desses motores”, afirma. Na FIESC, afirmou o presidente Mario Cezar de Aguiar, a frota de veículos passou a ser abastecida exclusivamente com etanol.

PESQUISA ESPACIAL COMO ESTRATÉGIA PARA SMART CITIES

No encontro, os participantes conheceram ainda as pesquisas aeroespaciais que o SENAI vem conduzindo em parceria com Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Agência Espacial Brasileira (AEB) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Uma das iniciativas foi o lançamento do nanossatélite VCUB1 em abril de 2023, desenvolvido pela empresa Visiona Tecnologia Espacial e rede parceiros, como o Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados.

Outro destaque é a Constelação Catarina, que vai desenvolver 13 nanossatélites – dois deles serão lançados em 2025. Segundo Fabrizio, do SENAI, “o projeto não se limita a previsões meteorológicas, mas representa uma  plataforma que também tem aplicações no conceito de smart cities. A parceria com o governo é fundamental para que a agenda avance no estado”.

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