Com 7,9% do total de novos negócios inovadores, estado está atrás de São Paulo e Minas Gerais no levantamento divulgado pela Associação Brasileira de Startups. / Foto: Gabriel Rodrigues (Unsplash)
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[01.12.2025]
Redação SC Inova, scinova@scinova.com.br
Santa Catarina aparece mais uma vez entre os estados mais representativos do ecossistema nacional de startups. É o que aponta a oitava edição do Mapeamento do Ecossistema Brasileiro de Startups, divulgada pela Associação Brasileira de Startups, ao mostrar que o estado concentra 7,9% das startups do país, permanecendo como o 3º maior hub nacional, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais. O resultado consolida SC como o líder do Sul — região que, somada, representa 19,3% do ecossistema nacional.
Realizada entre julho e setembro de 2025, a pesquisa analisou 3.650 startups distribuídas em 424 cidades brasileiras – e mostrou que o ecossistema brasileiro vive um momento de maior maturidade.
Nacionalmente, 82,2% das startups têm foco B2B ou B2B2C, e 53,1% já operam em estágio de operação ou tração, uma evolução em relação às primeiras edições do levantamento. O modelo SaaS segue predominante no país, representando 39,2% das startups. As verticais mais presentes são Edtech (10,1%), Healthtech & Life Sciences (9,4%) e Software/Tech (8,8%), com mudanças relevantes na composição setorial — as healthtechs ultrapassaram as fintechs e agora ocupam a segunda posição.
A pesquisa também aponta um cenário positivo de empregabilidade: 56,1% das startups abriram vagas no último ano, contratando em média cinco colaboradores. A rotatividade permanece dentro de um padrão considerado saudável, e o principal motivo para desligamentos continua sendo a incompatibilidade cultural e de valores, citada por 44,7% das empresas. Em relação a diversidade, os números mostram avanços graduais: 24,3% das pessoas fundadoras são pretas ou pardas, 19,9% são mulheres, e 38% das startups têm profissionais LGBTQIAPN+ em seus times.
O estudo ainda evidencia uma característica importante na dinâmica de investimento: 68,5% dos aportes vêm de investidores da própria cidade ou estado, indicando a relevância das redes locais no fortalecimento dos ecossistemas. No total, 34,8% das startups já receberam investimento, com média de R$ 1 milhão. Entre as modalidades mais comuns, o investimento-anjo lidera com 36,8%, seguido por programas de aceleração (14,1%)
Embora o Sudeste mantenha a maior concentração de startups, observa-se um movimento de expansão em outras regiões. O Nordeste registrou um crescimento de aproximadamente 11% no número de startups mapeadas, enquanto a participação do Norte na distribuição nacional avançou de 4,6% para 5,4% em relação ao ano anterior.
“O crescimento da participação do Nordeste e do Norte mostra que o ecossistema está expandindo sua presença de forma consistente. As redes regionais de empreendedores e investidores seguem fundamentais para esse processo”, ressaltou a CEO da ABStartups, Cláudia Schulz.
O estudo completo está disponível neste link





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