[OPINIÃO] Realidades tecnológicas que inovam e salvam vidas

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[OPINIÃO] Realidades tecnológicas que inovam e salvam vidas

Vivemos um momento singular na medicina, impulsionada por inovações que podem revolucionar cirurgias e tratamentos.

Vivemos um momento singular na medicina, impulsionada por inovações que podem revolucionar cirurgias e tratamentos. / Imagem: DALL-E/SC Inova


[28.01.2025]

Por Guilherme Hahn, presidente da Salvia – Saúde Corporativa. Escreve quinzenalmente sobre inovação para saúde 

Estamos vivendo um momento incrível na medicina, com inovações tecnológicas que transformam o modo como diagnosticamos, tratamos e treinamos profissionais da saúde. Entre as muitas inovações, destaco duas, pelo potencial que agregam à área de saúde: a Realidade Aumentada (RA) e a Realidade Virtual (RV).

Essas tecnologias têm condições de salvar vidas e revolucionar a experiência médica, como procuro demonstrar a seguir, de forma bem simplificada.  

REALIDADE AUMENTADA: PRECISÃO EM TEMPO REAL  

Imagine um cirurgião com a habilidade de “enxergar” dentro do corpo do paciente sem cortes desnecessários. Consegue pensar na possibilidade? 

Pois a Realidade Aumentada permite exatamente isso. Profissionais da saúde, com óculos especiais ou tablets, podem sobrepor imagens médicas diretamente sobre o corpo do paciente, identificando tumores, guiando procedimentos complexos e reduzindo riscos.  

A RA tem se mostrado também uma ferramenta incrível no treinamento de profissionais da saúde. Com simulações realistas, estudantes podem praticar procedimentos médicos em um ambiente seguro, desenvolvendo suas habilidades com confiança e sem riscos. Em consequência, haverá menos erros e maior precisão quando estiverem, de fato, no campo de trabalho.  

REALIDADE VIRTUAL: DO TREINAMENTO À TERAPIA IMERSIVA  

A Realidade Virtual vai além do treinamento técnico. A tecnologia tem sido usada, inclusive, para tratar pacientes com fobias, ansiedade e dor crônica, criando ambientes controlados e terapias de exposição que ajudam no processo de cura. Nos casos de reabilitação, a RV permite exercícios personalizados que aceleram a recuperação de pacientes com lesões, por exemplo.  

No campo do treinamento, a RV significa uma espécie de simulador de voo para médicos. Um residente pode realizar cirurgias virtuais complexas repetidamente, ajustando detalhes até atingir sua meta de eficiência. Além de gerar mais confiança, a prática também reduz os riscos para os pacientes.  

MENOS ERROS, MAIS VIDAS SALVAS  

Tanto a RA quanto a RV oferecem ganhos que vão além do campo técnico. Cirurgias mais rápidas e precisas significam menor tempo de internação, menos complicações e, também, custos reduzidos. Acima de tudo, essas tecnologias oferecem algo de valor inestimável: mais segurança para os pacientes.  

Ainda existem barreiras a serem superadas. Equipamentos caros, necessidade de treinamento especializado e a integração com sistemas existentes são desafios a serem enfrentados para que essas tecnologias se tornem acessíveis a um número maior de profissionais e instituições.  

Particularmente, acredito que tudo é questão de tempo. O passado nos ensina: avanços como esses tendem a se espalhar, tornando-se mais eficientes e acessíveis a cada dia. Essas realidades já estão mudando vidas e, em um futuro próximo, podem se tornar ferramentas indispensáveis no cuidado médico em todo o mundo.  

Que venham mais inovações – e mais vidas transformadas.