Projeto P&D Eólico: ENGIE, em parceria com WEG e Celesc, testam segurança de iniciativa inovadora feita em SC

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Projeto P&D Eólico: ENGIE, em parceria com WEG e Celesc, testam segurança de iniciativa inovadora feita em SC

Com potência de 4,2 MW, o aerogerador desenvolvido entre as três companhias catarinenses é o primeiro do tipo criado e produzido no Brasil. Objetivo do teste inédito é antecipar exigências do ONS sobre riscos de blecaute no sistema elétrico.

Com potência de 4,2 MW, o aerogerador desenvolvido entre as três companhias catarinenses é o primeiro do tipo criado e produzido no Brasil. Objetivo do teste inédito é antecipar exigências do ONS sobre riscos de blecaute no sistema elétrico. / Fotos: Divulgação ENGIE


[FLORIANÓPOLIS, 09.04.2024]
Redação SC Inova, com informações da Assessoria de Imprensa

Com o aumento expressivo das energias renováveis variáveis no Brasil, como a eólica e solar, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) vai começar a exigir ensaios e testes em equipamentos geradores para mitigar riscos sistêmicos de blecautes. 

As multinacionais ENGIE Brasil Energia e WEG, ambas com sede em Santa Catarina, estão à frente de um ensaio pioneiro no Brasil, o chamado “ensaio de afundamento de tensão” (Low Voltage Ride Through, LVRT), para cumprir os procedimentos de rede do ONS para garantir segurança, confiabilidade e eficiência do sistema. O objetivo foi avaliar a capacidade da turbina de permanecer conectada à rede na possibilidade de uma instabilidade.

O procedimento foi mais um dos pontos de inovação do P&D Eólico desenvolvido pela ENGIE em parceria com a WEG e a CELESC, estatal de energia de Santa Catarina, para se adiantar a essa futura demanda do setor. “Os testes de afundamento de tensão faziam parte desde o início do projeto e acabaram acontecendo em um momento muito importante para o sistema elétrico brasileiro que vem sofrendo com algumas instabilidades. Estes testes vêm para trazer confiabilidade na performance durante transientes da rede”, explica João Paulo Gualberto da Silva, Diretor Superintendente da WEG Energia.

Ao todo foram realizados 172 afundamentos que serviram para a WEG alterar parâmetros, validar e otimizar o produto para resistência a esse tipo de distúrbio do sistema. Os testes foram acompanhados por um grupo do ONS, técnicos do SENAI ISI-ER, como proprietário da UMGAT (Unidade Móvel Geradora de Afundamento de Tensão), e da Barlovento, empresa espanhola responsável pela realização do ensaio.

PRIMEIRO AEROGERADOR PRODUZIDO NO BRASIL 

Com potência de 4,2 MW, o aerogerador desenvolvido entre ENGIE Brasil Energia, WEG, e CELESC é o primeiro do tipo criado e produzido no Brasil. Instalado no parque experimental de P&D da ENGIE Brasil Energia, em Tubarão (SC), o equipamento foi projetado e fabricado pela WEG, na sua planta de Jaraguá do Sul (SC). O projeto foi realizado no âmbito do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) regulado pela ANEEL.

 Instalado no parque experimental de P&D da ENGIE Brasil Energia, em Tubarão (SC), o equipamento foi projetado e fabricado pela WEG, na sua planta de Jaraguá do Sul (SC).
Instalado no parque experimental de P&D da ENGIE Brasil Energia, em Tubarão (SC), o equipamento foi projetado e fabricado pela WEG, na planta de Jaraguá do Sul (SC).

“Os resultados desse ensaio valorizam a cadeia como um todo, desde os desenvolvedores do aerogerador até os geradores que aplicam a tecnologia em seus parques. Os testes realizados também mostram como o aerogerador desenvolvido atende os requisitos do Operador Nacional do Sistema em casos de distúrbios na rede, o que fortalece a continuação da expansão dessa fonte na matriz energética do país.” comenta Felipe Rejes de Simoni, Gerente de Performance e Inovação da ENGIE Brasil Energia.

Ao longo de seu desenvolvimento, o projeto se consolidou como o maior P&D da ENGIE no Brasil, com mais de R$ 80 milhões investidos. O gerador e os equipamentos de suporte, juntos, pesam 201,3 toneladas e foram produzidos pela WEG em sua matriz e testados na maior estrutura de testes de aerogeradores da América, apta a atender futuras plataformas de até 6 MW. Já as pás eólicas foram fabricadas pela empresa Aeris, em Caucaia, no Ceará.

“Este esforço colaborativo também é um resultado tangível do projeto de PDI eólico, no qual a CELESC investiu R$ 30 milhões, em conjunto com a ENGIE e a WEG. O aerogerador resultante desse esforço representa um marco na capacidade de inovação do setor energético brasileiro em um projeto complexo que abarca quase todas as engenharias”, comenta Roberto Kinceler, Gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Celesc.