[OPINIÃO] PMEs: 12 dicas para proteger o caixa

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[OPINIÃO] PMEs: 12 dicas para proteger o caixa

O planejamento financeiro serve como base para monitorar o desempenho financeiro, comparando os resultados obtidos com as metas estabelecidas e ajustando as estratégias.

O planejamento financeiro serve como base para monitorar o desempenho financeiro, comparando os resultados obtidos com as metas estabelecidas e ajustando as estratégias. Foto: Daniel Dan (Unsplash)


[15.08.2023]


Por Ana Paula Debiazi, CEO da corporate venture builder catarinense Leonora Ventures   

Um planejamento financeiro é a elaboração de um conjunto de estratégias e ações para gerenciar e controlar as finanças de uma empresa de forma eficiente. Envolve o estabelecimento de metas financeiras, análise de receitas e despesas, projeção de fluxo de caixa, definição de orçamentos, identificação de fontes de financiamento, alocação de recursos e tomada de decisões que visam alcançar a estabilidade financeira e o crescimento do negócio.

O planejamento financeiro permite uma visão clara da situação financeira atual da empresa, identificando pontos fortes e vulnerabilidades. Além disso, ajuda a antecipar possíveis problemas financeiros, proporcionando uma maior segurança e tranquilidade na tomada de decisões. Também serve como base para monitorar o desempenho financeiro, comparando os resultados obtidos com as metas estabelecidas e ajustando as estratégias conforme necessário.

As boas práticas para um controle rigoroso do fluxo de caixa incluem:

1. Registre todas as entradas e saídas de dinheiro detalhadamente. Mantenha um registro atualizado e detalhado de todas as transações financeiras da empresa, incluindo vendas, pagamentos de fornecedores, despesas operacionais, despesas com pessoal, entre outros.

2. Faça uma previsão de fluxo de caixa. Analise as tendências, projeções de vendas e pagamentos, e estime o fluxo de caixa futuro. Isso ajudará a identificar períodos de escassez de recursos e tomar medidas preventivas. Analise regularmente os resultados do fluxo de caixa, compare com as projeções e faça ajustes nas estratégias financeiras, se necessário.

3. Realize conciliações bancárias e nos lançamentos dos créditos via cartão regularmente. Compare os registros financeiros da empresa com as informações fornecidas pelo banco. Isso ajudará a identificar possíveis discrepâncias ou erros.

4. Controle os pagamentos a fornecedores. Garanta que os pagamentos aos fornecedores sejam feitos dentro dos prazos combinados, evitando juros, multas e outros encargos. Caso tenha alguma emergência, renegocie os prazos e evite protestos e negativação.

5. Monitoramento ativo de contas a receber. Acompanhe de perto as contas a receber e identifique rapidamente possíveis atrasos ou inadimplências. Envie lembretes de pagamento antes do vencimento e adote medidas de cobrança efetivas quando necessário.

6. Estabeleça políticas de crédito e cobrança eficientes, garantindo que seus clientes paguem em dia e evitando atrasos e inadimplências. As políticas de crédito e cobrança eficientes são fundamentais para garantir um fluxo de caixa saudável e minimizar riscos de inadimplência. Cabe ressaltar que é importante encontrar o equilíbrio entre conceder crédito para impulsionar as vendas e mitigar riscos de inadimplência, considerando a realidade e o perfil dos clientes da sua empresa. É recomendável realizar uma análise individualizada de cada caso, aplicando políticas de crédito e cobrança de acordo com a situação específica de cada cliente.

7. Estabeleça com critério os limites de crédito a serem concedidos. Defina limites de crédito adequados com base na capacidade financeira do cliente. Considere fatores como inadimplência em outros fornecedores, histórico de pagamento, potencial de vendas e condições de mercado.

8. Controle os estoques, evitando o excesso de produtos parados e adequando o volume de compras às demandas reais da empresa. Um controle de estoque eficiente é essencial para garantir a disponibilidade de produtos, evitar a falta de estoque ou o excesso de produtos parados. 

9. Registre todas as movimentações de estoque, todas as entradas e saídas de produtos. Isso ajuda a manter um histórico preciso e atualizado.

10. Crie um fundo de reserva. Separe uma parte do fluxo de caixa para criar uma reserva de emergência, que possa ser utilizada em situações imprevistas, como crises financeiras ou oportunidades de investimento.

11. Utilize um software de gestão. Utilize uma ferramenta tecnológica de qualidade que ajude a automatizar e simplificar processos, como controle do fluxo de caixa – facilitando a análise e tomada de decisões, controle de estoques, controle de clientes e fornecedores.

12. Separe as suas contas particulares das contas da empresa. Você e sua empresa são pessoas distintas, e não devem ser confundidas nem misturadas!

Lembrando que essas são apenas algumas dicas e que cada empresa possui suas particularidades, então é importante adaptar essas medidas de acordo com a realidade e necessidades do seu negócio.

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