ACATE divulga carta com reivindicações do setor de tecnologia aos candidatos, entre elas o fortalecimento da educação infantil e maior interlocução com Prefeitura. / Foto: Divulgação (ACATE)
[FLORIANÓPOLIS, 26.09.2024]
Redação SC Inova, com informações da Assessoria de Imprensa
Recentemente oficializada como “capital nacional das startups”, conforme a Lei 14.995/24, Florianópolis sido reconhecida há anos pelo potencial de sua economia digital, puxada pelo que se convencionou a chamar de ecossistema de tecnologia. Dados do Observatório ACATE, lançado em agosto durante o Startup Summit, mostram que o segmento de TI em Florianópolis faturou R$12 bilhões em 2023, com mais de 6 mil empresas registradas e quase 40 mil profissionais empregados.
Esse peso na atividade conômica local acaba fortalecendo também o pleito do setor com relação a políticas públicas de apoio e incentivo a este mercado. Nesta semana, a Associação Catarinense de Tecnologia divulgou uma carta com reivindicações do setor de tecnologia para os candidatos à prefeitura e à Câmara de Vereadores de Florianópolis. O documento lista as prioridades que a entidade enxerga para o crescimento contínuo do segmento que, hoje, representa 7,5% do PIB catarinense e, na capital, contribui somente em ISS quase R$100 milhões por ano.
As demandas do setor envolvem quatro eixos:
1) Interlocução do setor de tecnologia com a prefeitura;
2) Colaboração para modernização da Prefeitura e seus Serviços Públicos com tecnologia avançada;
3) Fortalecimento do ensino básico municipal, com introdução à tecnologia;
4) Fortalecimento do posicionamento de Florianópolis como cidade inteligente.
Entre as propostas, a ACATE sugere a criação de uma secretaria municipal destinada aos temas de ciência, tecnologia e inovação — assim como aconteceu no Governo do Estado com a criação de uma pasta específica. Por meio desta secretaria, seria possível manter um diálogo mais próximo entre poder público e empresas de tecnologia, a fim de desenvolver políticas como a criação de um sandbox fiscal no município para auxiliar na regulação do setor.
O documento sugere também que o município aproveite as soluções tecnológicas desenvolvidas na própria cidade para melhorar os serviços públicos e gerar impactos aos cidadãos, além da ampliação do repasse de recursos ao Fundo Municipal de Inovação.
Com o objetivo de incentivar a formação de talentos para o setor, a ACATE sugere a criação de uma política pública que utilize parte dos recursos do ISS para capacitar e aprimorar novos profissionais de tecnologia, além da manutenção de programas como o Floripa Mais Tec e a ampliação do contato com o setor nas escolas municipais. O documento aponta também a possibilidade de programas voltados à transição de carreira dos profissionais de outros setores da economia que estejam desempregados e possam ter na tecnologia um caminho de recolocação profissional.
No último eixo, uma das propostas que se destacam é a ampliação dos espaços para grandes eventos corporativos na capital. Citando o Startup Summit, que atrai mais de 10 mil pessoas por edição, a ACATE levanta a importância de infraestrutura para eventos de grande porte que consolidem a cidade no mapa da inovação internacional e atraiam turismo de negócios.
“Florianópolis é referência nacional, mas ainda há espaço para evoluir frente aos desafios que impactam o setor de tecnologia, empreendedores, profissionais e a população. Nosso segmento é o mais representativo quando se fala em recolhimento de ISS. Além disso, importantes projetos de conexão do setor à população podem ser fortalecidos, como o Floripa Mais Tec e a Rede de Inovação Florianópolis”, reflete Diego Ramos, presidente da ACATE.
O documento completo com as reivindicações da ACATE está disponível no site da entidade, e propostas semelhantes serão enviadas também aos candidatos em outros municípios catarinenses.
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