Na missão do StartupSC ao Web Summit 2019, o empreendedor João Romão, cofundador da startup Mobiliza, avalia que “colaboração e receptividade podem fazer a diferença em qualquer ecossistema”. / Foto: Divulgação
Por João Romão, CEO da Mobiliza.
Confesso que embarquei para Portugal com negócios em mente. A internacionalização era uma das principais questões que ocupavam minha cabeça antes da missão empresarial do Startup SC, programa de capacitação do Sebrae/SC. Porém a viagem, realizada neste mês de novembro, foi uma surpresa: trouxe conversas muito produtivas com outros empreendedores de Florianópolis (SC); networking com pessoas de diversas culturas no Web Summit, o maior evento de tecnologia europeu; e fiquei encantado com a beleza de Lisboa e sua gastronomia deliciosa.
Confesso que não foi difícil ficar apaixonado por Lisboa — dá até de esquecer a tecnologia em um passeio por lá. Diferentemente da experiência que tive quando participei do SaaStr, evento que ocorre nos Estados Unidos, andar a pé é seguro e prazeroso, o transporte coletivo funciona bem e arquitetura é carregada de história. Destaco também a simplicidade do povo. Não existe a barreira da língua os portugueses me receberam muito bem.
A interação com os outros participantes da missão também foi fundamental para ampliar meus conhecimentos e tornar a viagem ainda mais enriquecedora. Existiu uma troca constante sobre vivências e superação de desafios no empreendedorismo. Um desses momentos foi a festa do Floripa Conecta, onde estavam os principais atores do polo de inovação de Florianópolis, investindo esforços em tornar a ilha um lugar de conexão, cultura, arte e tecnologia. E foi memorável assistir a um show do Dazaranha, banda da capital catarinense, em Lisboa.
Tivemos dois dias para conhecer as pessoas e o ecossistema de tecnologia, inovação e de impulsionamento ao empreendedorismo de Portugal. Passamos pela Beta i, um importante hub do país, tivemos palestras de algumas consultorias e conhecemos empresas brasileiras que estão internacionalizando para a Europa, iniciando por Portugal.
Descobrimos que existem muitas leis de incentivo para ajudar a levar startups para o país. Elas demandam uma contrapartida de investimento financeira, mas Portugal coloca até 85% do seu investimento como capital de fundo perdido. Aprendemos como migrar para lá e até e como tirar o visto.
Minha percepção é de que Portugal está investindo pesado para se tornar um país de inovação tecnológica. Trazer o Web Summit para suas terras o colocou no mapa de inovação, atraindo grandes empresas, investidores e empreendedores que buscam qualidade de vida e oportunidade de mercado.
E sobre o Web Summit?
Eram 70 mil pessoas em um evento incrível para inspiração e networking. Os mais diversos temas relacionados a tecnologia foram abordados: de inteligência artificial, a comunicação. De tudo, mais uma vez, as conexões foram o mais importante. Eram diversos lugares para se conhecer pessoas, para conversar com investidores, fazer negócios. Voltei para casa com contatos a fazer e relacionamento construído com gente de todo o mundo. Aprendi um pouco sobre negócios, mas muito mais sobre como a colaboração e receptividade podem fazer a diferença em qualquer ecossistema.
LEIA TAMBÉM:
Insights: Empreendedores de SC compartilham dicas e aprendizados no Web Summit 2019
SIGA NOSSAS REDES