Fundada em Joinville, a empresa se notabilizou por prestar assessoria jurídica a grandes empresas e, desde 2021, conta com uma divisão especializada no mercado tech, liderada por Bruno Salmeron. / Foto: Divulgação
[JOINVILLE, 17.08.2022]
Redação SC Inova, scinova@scinova.com.br
O potencial do setor de tecnologia – e a demanda de startups e empreendedores por serviços especializados – abriu novas frentes de negócio a um dos mais tradicionais escritórios de advocacia do Norte catarinense. A Harger, Sandes & Rossi (HSR) – fundada em Joinville (SC) e com presença em Vitória (ES), Salvador (BA), São Paulo (SP) e Santos (SP) – se notabilizou por prestar assessoria jurídica a grandes empresas e, desde 2021, conta com uma divisão especializada no mercado tech e de empreendedorismo inovador.
Localizada no Ágora Tech Park, a HSR4Startups é liderada pelo advogado e empreendedor Bruno Salmeron, com larga experiência em processos de fusão e aquisição de empresas (M&A), advisoring e investimento em negócios inovadores. Em abril do ano passado, ele se mudou de São Paulo para Joinville, com o propósito de conectar o capital da maior cidade do país às emergentes startups da região Sul.
“Foi um primeiro ano de ótimos resultados, a região tem uma grande demanda por especialistas para apoiar o ambiente de startups”, avalia Bruno. A HSR4Startups aposta na mesma tese com a qual os negócios inovadores baseiam seus modelos de negócio, o uso de serviços jurídicos por assinatura/recorrência – ou legal as a service.
Com planos acessíveis para startups early stage, a empresa buscou um modelo viável para que as empresas inovadoras possam desde o começo ter um apoio legal que beneficie seu desenvolvimento. “Os empreendedores precisam estar com a ‘casa arrumada’ já no momento zero. O direito preventivo é muito mais barato que o remediativo”.
Em pouco mais de um ano de atividade, a HSR4Startups conta com um portfólio de 30 startups ativas, em diversas fases do desenvolvimento. Ao todo, já assessorou rodadas de investimento que somam R$ 50 milhões. Em Joinville, são 10 novos negócios que contam com um departamento jurídico terceirizado e acompanhamento contínuo – sem o modelo serviços por hora que, na visão de Bruno, é ineficiente e não conversa com a pegada lean das startups. “O meio empresarial é focado em eficiência, então buscamos ser uma ‘mão’ aos empreendedores, não apenas um apoio pontual ou quando há uma demanda específica”.
INVESTIMENTOS: SC “MERECE” MAIS CAPITAL
Um dos benefícios, lembra o executivo, é o papel de consigliere junto aos empreendedores, atuando desde as negociações prévias a aportes de capital até as reuniões de conselho dos investidores, para as startups que já estão nessa fase de desenvolvimento. “Muitas empresas pecam por não ter pé no chão e não serem pessimistas no planejamento. Isso impacta os custos de operação e no fim pode prejudicar toda a captação de investimentos”, ressalta. Conselheiro e investidor em startups, ele já apoiou negócios em diversas áreas, de healhtechs como a DBM Eletrotech (de nanotecnologia e elerofiação para saúde) a um sistema de gestão (customer sucess) voltado a igrejas, a Zapino, com sede em Joinville.
Com a experiência prévia de quem já ajudou mais de 100 startups a crescer – algumas delas, inclusive, unicórnios do mercado nacional – desde o acordo de sócios a operações complexas (rodadas série A, internacionalização de empresas), Bruno vê que ainda há um grande gap de capital para o ecossistema da região.
“O ambiente de Santa Catarina merece mais capital. Isso decorre de muitos fatores – desde uma visão mais conservadora em relação a investimentos, mas por outro lado isso traz uma solidez e seriedade na avaliação das empresas. Os negócios são focados em métricas, KPIs, que reduzem o risco natural deste mercado”. O que pode ampliar esse potencial de recursos para o ecossistema é a conexão com outros mercados, avalia.
“Parte do nosso desafio é linkar o capital de regiões como São Paulo aos empreendedores de SC. Com um ano e meio de atuação em Joinville já influenciamos negócios nestes mercados. Em breve, teremos presença física em todo o estado – em Florianópolis ainda em 2022 e, nos ecossistemas de Curitiba e São Paulo até 2023”, calcula.
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