Join.VC, iniciativa do Joinvalle que será lançada no segundo semestre, prevê aportes de seed capital em setores como finanças, educação, saúde e logística, entre outros. Podem participar investidores pessoa física, jurídica e family offices.
[JOINVILLE, 10.06.2021]
Por Redação SC Inova, scinova@scinova.com.br
O ecossistema de tecnologia do Norte de Santa Catarina terá, a partir do segundo semestre deste ano, um novo veículo de investimento focado em startups locais. O Join.VC é uma iniciativa do Joinvalle, entidade que desenvolve uma série de programas de fomento e capacitação para o ambiente de inovação local, e que identificou como alguns dos principais gaps da região a necessidade de recursos para o desenvolvimento de startups e a capacitação para investidores-anjo.
A tese segue a linha “clássica” dos fundos de seed e venture capital: investimentos entre R$ 100 mil e R$ 300 para negócios B2B ou B2B2C (com sede na região Norte de Santa Catarina) que já tenham soluções validadas, pelo menos dois sócios fundadores e um ano de atividades. As áreas de atuação preferenciais são finanças, educação, saúde, logística e mercado imobiliário (proptechs). Estão de fora do radar do JoinVC negócios voltados ao consumidor final (B2C), à área pública (govtechs) e desenvolvimento de hardware, que demandam capital intensivo.
“Será um veículo de investimento focado no seed capital, o primeiro estágio de desenvolvimento de negócios. Temos uma série de iniciativas de investimento aqui na região, mas elas estão dispersas. Nossa intenção é organizar os atores envolvidos, de anjos a startups, levando capacitação para fomentar novos empreendedores”, resume Anderson de Andrade, investidor-anjo e sócio da gestora Invisto, que apresentou o Join.VC em evento online nesta quinta (10), durante a programação da Semana do Empreendedorismo e Inovação, organizada pelo Joinvalle.
Antes do lançamento oficial, o grupo de trabalho envolvido fará apresentações do projeto a outros investidores, além de organizar encontros com startups a partir do segundo semestre. Podem participar pessoas físicas e jurídicas, além de family offices.
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Na visão de Fabiano Dell’Agnolo, do Joinvalle, um veículo de investimento é “a peça que faltava para o desenvolvimento do ecossistema”. “Temos iniciativas e programas de apoio empreendedor, como a Jornada JEDI, que nasceram para resolver um de nossos gaps locais, como o aumento de startups para resolver dores do mercado, então o JoinVC virá para atender a outra ponta, que é a de capacitar investidores e ampliar oportunidades para novos negócios, com recursos e smart money“.
Maior cidade – e PIB – de Santa Catarina, Joinville vive um momento de expansão de suas iniciativas de inovação. Um exemplo é o Ágora Tech Park, parque tecnológico local que concentra empresas, startups, programas de incubação, cluster de saúde e laboratórios de open innovation. Outra referência local é o empreendedor e investidor Miguel Abuhab, fundador da Datasul e da Neogrid, que recentemente estreou na Bolsa de Valores captando quase meio bilhão na oferta inicial de ações (IPO).
“Vivemos um dos melhores momentos da história no venture capital. O cenário extremamente favorável, com mudanças impactando todos os setores. Ao mesmo tempo, nosso ecossistema evoluiu e está mais maduro”, avalia Anderson.
Em Santa Catarina, este movimento de organização dos investidores-anjo e a criação de veículos locais de capital de risco vem se fortalecendo nos últimos anos: desde a consolidação da Rede de Investidores Anjo, iniciativa da ACATE com a Anjos do Brasil (lançada em 2016) até projetos como o SC Angels, com base em Blumenau e apresentado em março passado.
Investidores interessados em participar do Join.VC, além de voluntários para outras atividades (como mentoria para startups, por exemplo), podem entrar em contato direto com o Joinvalle: www.joinvalle.com.br
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