Na lista dos 100 maiores municípios, a capital catarinense ocupa o segundo lugar entre as melhores cidades do país para empreender, atrás de São Paulo. Estudo também pesquisou ambiente de negócios em Joinville (16a. geral) e Blumenau (17a.). / Foto: Bigstock
[FLORIANÓPOLIS, 28.01.2021]
Por Fabrício Umpierres, editor – scinova@scinova.com.br
Entre as 100 maiores cidades brasileiras, Florianópolis é a segunda melhor para empreender, segundo o Índice de Cidades Empreendedoras divulgado nesta quinta-feira (28) pela Endeavor, rede global de apoio ao empreendedorismo de alto impacto, e a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP). A capital catarinense obteve pontuação (8,12) apenas abaixo de São Paulo (9,5). No top 10, estão Osasco (SP), Vitória (ES), Brasília (DF), São José dos Campos (SP), São Bernardo do Campo (SP), Jundiaí (SP), Porto Alegre (RS) e Rio de Janeiro (RJ). Também avaliadas no estudo, Joinville ocupa a 16a. posição (7,09) enquanto Blumenau é a 17a. colocada (6,87).
O resultado, nos dois primeiros lugares da lista, é o mesmo do último Índice de Cidades Empreendedoras publicado pela Endeavor, em 2017, mas neste ano o estudo ampliou de 32 para 100 municípios avaliados.
A capital catarinense se destacou por ser a melhor colocada no país nas categorias Inovação e Capital Humano. Em Inovação, destaque também para Joinville, no quarto lugar do índice. Blumenau, em 20o. lugar, aparece pouco atrás de Belo Horizonte (15o.) e São Paulo (16o.).
INOVAÇÃO 1o. Florianópolis 4o. Joinville 20o. Blumenau | CAPITAL HUMANO 1o. Florianópolis 25o. Joinville 47o. Blumenau |
É avaliado neste quesito o estoque de capital humano (valores mais elevados nos índices de mestres e doutores em ciência e tecnologia), com a média de investimentos do BNDES e Finep, a infraestrutura tecnológica local e, também, com a proporção de contratos de propriedade intelectual depositados. Também é esperado que cidades mais inovadoras contenham maior quantidade de empresas com patentes e softwares próprios, bem como com maior número de empresas de economia criativa, de indústrias inovadoras ou ligadas à tecnologia.
Com relação a Capital Humano, quesito que Florianópolis também lidera e tem Joinville na 25a. posição e Blumenau na 47a., são considerados principalmente o acesso e qualidade de mão de obra básica e qualificada – e o resultado é diretamente ligado ao nível de educação e capacitação.
“O progresso tecnológico é uma combinação da inovação e imitação que depende da combinação do capital humano especializado e não-especializado, o que significa que não apenas o nível da educação é importante, como a sua composição. Quanto mais próximo da fronteira tecnológica está um lugar, mais efeito o capital humano especializado produz”, cita o documento.
O estudo avalia também Infraestrutura, Acesso a Capital, Mercado, Cultura Empreendedora e Ambiente Regulatório. Nestas, a colocação das cidades catarinenses é mais modesta (ver tabela abaixo). Florianópolis está no Top 10 em Acesso a Capital – que avalia entre outras coisas o volume de operações de crédito e proporção relativa de capital de risco – enquanto Joinville é a melhor de SC em volume de Mercado (PIB per capita, exportações, IDH etc.).
ACESSO A CAPITAL 6o. Florianópolis 28o. Blumenau 42o. Joinville | INFRAESTRUTURA 15o. Florianópolis 24o. Blumenau 30o. Joinville | MERCADO 16o. Joinville 21o. Blumenau 42o. Florianópolis |
Os piores resultados de SC estão nos quesitos Ambiente Regulatório – tempo de processo, tributação e complexidade burocrática – e Cultura Empreendedora – liderada das cidades do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
AMBIENTE REGULATÓRIO 23o. Florianópolis 27o. Joinville 58o. Blumenau | CULTURA EMPREENDEDORA 55a. Joinville 86a. Blumenau 87a. Florianópolis |
Na avaliação da Endeavor, “o índice se consolidou como um importante instrumento para a gestão estratégica dos municípios enquanto ecossistemas empreendedores”, o que justificou o aumento das cidades pesquisadas nesta edição, que teve os dados coletados antes da pandemia.
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