Startup Summit 2023: Hubs de inovação aberta criam ecossistemas enquanto conectam empresas e startups

Voce está em :Home-Inovadores-Startup Summit 2023: Hubs de inovação aberta criam ecossistemas enquanto conectam empresas e startups

Startup Summit 2023: Hubs de inovação aberta criam ecossistemas enquanto conectam empresas e startups

Aplicada a centros de Inovação como o InovaBra, do Bradesco, e o Ágora Tech Park, em Joinville (SC), estratégia de open innovation potencializa desenvolvimento de negócios – e de talentos.

Aplicada a centros de Inovação como o InovaBra, do Bradesco, e o Ágora Tech Park, em Joinville (SC), estratégia de open innovation potencializa desenvolvimento de negócios – e de talentos.


[FLORIANÓPOLIS, 24.08.2023]
Por Dorva Rezende, especial para agência SC Inova

Um hub de inovação aberta é fundamental para unir dois elos importantes da cadeia produtiva. De um lado, grandes empresas com grandes desafios de inovação no mercado, do outro lado startups com grande potencial de crescimento, um grande potencial de entrega e querendo fazer negócios. A inovação aberta, quando acontece de forma eficiente, consegue levantar o mercado e dar oportunidade às startups, ao mesmo tempo em que desenvolve o ecossistema.

Diretor de Inovação e Novos Negócios da Associação Catarinense de Tecnologia, Silvio Kotujansky criou e cuida do LinkLab, programa de inovação aberta da Acate. Mediador do painel “Hubs de Inovação aberta: alavanca para desenvolvimento startups”, Silvio é responsável, também, por projetos mais robustos de transformação digital e territorial, ajudando outros ecossistemas a se desenvolverem com base na experiência e conhecimento do hub catarinense.

Segundo ele, para conquistar o mercado, hoje, é preciso inovar. “E, para inovar, é preciso ter conexões com talentos, com empresas inovadoras, com parceiros estratégicos. Quando a gente tem um ecossistema robusto, forte, com muitas conexões de alta qualidade, você tem muito mais chance de ser mais rápido e ser eficiente nessa entrega de inovação e se posicionar melhor no mercado”, afirmou. 

Localizado no maior parque multissetorial da América do Sul (Perini Business Park), o Ágora Tech Park foi criado há quatro anos com um propósito muito forte de networking, trabalhando para aproximar ideias, talentos e capital que resultem em bons negócios e em projetos de inovação, afirma o diretor executivo Ricardo Fantinelli

“Nós dispomos de uma trilha para novos empreendedores, para pesquisadores que desejam chegar às grandes corporações, e criamos uma experiência super positiva no que diz respeito a negócios. Temos o compromisso, dentro de nosso ecossistema, de sempre estar aproximando e otimizando a jornada do empreendedor, do pesquisador ou da corporate, porque ninguém se envolve em um projeto ou uma iniciativa sem ter a perspectiva de um ganho econômico ou um retorno financeiro”, disse Ricardo.

Em quatro anos de atividade, o Ágora soma mais de 100 operações e 1,4 mil empregos, com as residentes faturando quase R$ 800 milhões/ano. Neste mês, o parque apresentou o projeto do novo prédio (já em obras), que será inaugurado em abril de 2024 e terá como foco a conexão entre universidades e o mercado.

ECOSSISTEMAS CRIAM TALENTOS – E NEGÓCIOS COMPETITIVOS

Para Kotujansky, o que faz Santa Catarina ser diferente na questão da tecnologia é o seu próprio ecossistema, formado pelo Sistema S, universidades e associações como Acate, entre outros atores que tornam o ambiente propício para o desenvolvimento, para a pesquisa e para o empreendedorismo. “E tudo isso cria talentos. Nós somos muito ricos em pessoas bem capacitadas e em negócios muito competitivos”, disse.

Responsável pela inovação aberta do Bradesco, Renata Petrovic disse que o InovaBra Habitat, na Rua da Consolação, no centro de São Paulo, reúne cerca de 220 startups de diversos setores, não necessariamente fintechs. “É lógico que o Bradesco é o principal cliente do ecossistema, mas servimos também as corporates que estão lá para se aproximarem do ecossistema de startups. Nossa tese se baseia em startups com soluções de tecnologias digitais emergentes, em estágio de tração, startups um pouco mais maduras, que utilizam inteligência artificial, block chain, big data e computação imersiva. Geramos no ano passado cerca de 200 contratos”, afirmou.