Entre os programas do longo prazo criados em 2022 pela entidade com sede em Florianópolis (foto) está o Jornada Amazônia, que atua na inovação de negócios em bioeconomia. Foto: Divulgação
[FLORIANÓPOLIS, 13.02.2023]
Redação SC Inova, com informações da Assessoria de Imprensa
A Fundação CERTI, instituição criada em 1984 e que teve papel fundamental para o desenvolvimento do setor de tecnologia em Santa Catarina, registrou em 2022 um crescimento de 60% na contratação de projetos em relação ao ano anterior. Como mostrou o SC Inova em novembro de 2022, a fundação completou 38 anos de atividade anunciando um recorde de faturamento com receita prevista de R$ 112 milhões.
Para o superintendente de Negócios da Fundação CERTI, Laercio Aniceto Silva, uma coincidência de três fatores levou ao aumento de novos projetos assinados. “Temos o fator interno, que é a estruturação de uma equipe voltada especificamente para desenvolvimento de negócios, que trabalha em parceria com os arquitetos de soluções. Também a repressão dos investimentos nos anos de COVID, que gerou um movimento acima da média em 2022. E, ainda, a assinatura de contratos com longo período para execução”, explica.
Um exemplo, segundo o executivo, são os contratos assinados para desenvolvimento de empreendedorismo de impacto no âmbito do Programa Jornada Amazônia, uma iniciativa voltada para a inovação em negócios da bioeconomia na Amazônia que apoiem a manutenção da floresta em pé. A meta é, nos próximos anos, capacitar 3 mil talentos e estimular a criação de 200 startups. O primeiro edital foi lançado neste início de 2023.
“Ainda mais importante do que o valor de venda, é que boa parte destes projetos são de longa duração, o que permite um melhor planejamento da alocação dos pesquisadores e oferece segurança diante de um cenário de incertezas afetado pela inflação mundial, a continuidade da guerra na Ucrânia e os problemas de logística na China”, acrescenta Silva.
A CERTI está à frente de quase 100 projetos e tem 400 funcionários diretos. Com atuação nacional e clientes como Petrobras, Embraer, Siemens, WEG, Celesc, ENEL, Lenovo e SEBRAE, a fundação opera como uma organização de pesquisa, desenvolvimento e serviços tecnológicos especializados que proporcionam soluções inovadoras para a iniciativa privada, governo e terceiro setor. Tem sede em Florianópolis e instituições afiliadas em Manaus e em Brasília. Atua também em bioeconomia e no fomento e crescimento regional e nacional por meio da promoção do empreendedorismo inovador.
A CERTI tem atuado em projetos de importância estratégica para a economia nacional, como o processo de testes para implantação da tecnologia 5G e os projetos de desenvolvimento de energias renováveis e mobilidade elétrica, como o SC Inova destacou em reportagem especial em outubro de 2022.
TRAJETÓRIA: DA PRIMEIRA INCUBADORA DO BRASIL EM 1984 ATÉ A UNIDADE DA EMBRAPII DESDE 2014
No ambiente de startups e empreendedorismo digital, a CERTI criou em 2022 o programa Arena CELTA, que promove uma aceleração ao longo de sete semanas: com quatro ‘rounds’ sequenciais de mentorias com especialistas do ecossistema de Florianópolis e processos de capacitação, as startups são desafiadas na busca por inovação, expansão e crescimento.
Outras iniciativas concebidas pela CERTI são o Sinapse da Inovação, programa de apoio a novos empreendedores; a CVentures, braço de investimentos; e os projetos de desenvolvimento de startups Centelha e Inovativa Brasil (este, em conjunto com Ministério da Economia e o SEBRAE).
Desde 2014, a CERTI é uma unidade EMBRAPII, credenciada para atuar na área de competência de Sistemas Inteligentes com foco em três subáreas: Sistemas Mecatrônicos, Software para Sistemas Inteligentes e Sistemas de Manufatura, possibilitando que os projetos de PD&I tenham até 1/3 do seu valor total subvencionado financeiramente.
A fundação opera, ainda, em Florianópolis, o LABFaber, um laboratório-fábrica referência na utilização de tecnologias da indústria 4.0, focado na redução de custos e aumento da qualidade e produtividade.
Em 1986, criou a primeira incubadora de empresas no Brasil: o CELTA, que já graduou 118 startups que estão no mercado. Viabilizou o primeiro parque tecnológico Brasileiro: o Parque Tecnológico Alpha, que serviu de inspiração para a CERTI desenvolver o projeto e apoiar a estruturação do Sapiens Parque.
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