Em SC, órgãos de controle iniciam projetos de inovação aberta

Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado vão em busca de startups por meio de programa da Associação Catarinense de Tecnologia. Foto: Divulgação/ACATE

[FLORIANÓPOLIS, 14.02.2023]
Redação SC Inova, com informações da ACATE

A busca por soluções inovadoras e o relacionamento com startups chegou a dois importantes órgãos de controle do estado de Santa Catarina. Na última quinta (09), o Ministério Público (MP/SC) e o Tribunal de Contas (TCE/SC) firmaram parceria com a Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) para desenvolver um programa de inovação aberta – em um caminho semelhante ao que fez o Governo do Estado em 2019 ao criar seu próprio laboratório de open innovation. 

As duas entidades vão lançar “desafios” junto ao LinkLab ACATE, de acordo com suas necessidades. O Ministério Público entrou no programa buscando melhorar a produtividade do órgão e o acompanhamento das ações judiciais, além de usar inteligência artificial para ajudar na elaboração de peças processuais e reduzir o absenteísmo nos procedimentos do SUS em Santa Catarina. Para o TCE/SC, as demandas envolvem melhorar a análise e extração de informações em documentos para atos pessoais, além da verificação do endereço de fornecedores em processos licitatórios e contratações. 

“Nós tínhamos uma cultura interna de muita resistência em relação ao novo. Queríamos resolver os problemas de maneira autorreferente, sempre focados em nós mesmos. Estamos num ecossistema de inovação, de soluções em tecnologia, e estávamos alheios a esse processo”, comentou o presidente do TCE-SC, Adircélio de Moraes Ferreira Júnior. O Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC) é o primeiro do país a buscar soluções inovadoras para suas atividades por meio da conexão com startups. A primeira reunião com a equipe do LinkLab foi em julho de 2022. 

O subprocurador-geral de Justiça para Assuntos de Planejamento e Inovação, Luciano Trierweiller Naschenweng, acredita que a “inovação aberta fomenta a colaboração e o compartilhamento de conhecimento entre diferentes setores e indivíduos, o que pode resultar em soluções mais impactantes, com foco em novas tecnologias como a inteligência artificial, uma tendência para qualquer organização, público ou privada”, destaca. 

“Essa mudança de paradigma, essa ruptura de pensamento, será fundamental para internamente nos conscientizarmos que as soluções estão aí. Os problemas são inúmeros, mas nós não vamos conseguir resolvê-los somente com a nossa força de trabalho”, reforça o presidente do TCE/SC.