Eleições 2022: No parlamento, qual a pauta de candidatos para o setor de tecnologia em SC?

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Eleições 2022: No parlamento, qual a pauta de candidatos para o setor de tecnologia em SC?

Investir em projetos de empreendedorismo inovador no parlamento pode trazer soluções para problemas na saúde, educação e segurança pública.

Mercado que tem dado destaque à economia catarinense é pouco contemplado em propostas de candidatos a Senado, Câmara e Assembleia Legislativa. / Foto: TSE/Divulgação


[FLORIANÓPOLIS, 28.09.2022]
Redação SC Inova, scinova@scinova.com.br 

O setor de tecnologia tem ganho representatividade na economia catarinense desde as últimas eleições gerais no estado, em 2018. Dados divulgados há quatro anos apontavam que o faturamento das empresas de TI representava 5,6% do PIB, de acordo com o Observatório ACATE. Em 2022, a participação supera 6% e, segundo perspectiva da Associação Catarinense de Tecnologia, pode representar 10% do Produto Interno Bruto em 2030. 

Para os candidatos a cargos do Executivo neste ano, entidades como a ACATE (que também assinou documento para os presidenciáveis) e a ADVB/SC apresentaram uma pauta de interesses voltados à área de tecnologia. Mas nas disputas para Senado, Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa, há propostas direcionadas a este mercado em ascensão? 

O tema, é importante ressaltar, não é um chamariz de votos como questões como saúde, educação e segurança pública. Mas dado o contexto em que a tecnologia é cada vez mais um “meio”, investir no empreendedorismo inovador pode trazer novas soluções para problemas em cada uma dessas áreas

O ex-secretário da Educação Luiz Fernando Vampiro (MDB, candidato a deputado federal), por exemplo, cita em seu site a entrega de notebooks, computadores e tablets a 963 escolas como um dos feitos de sua passagem pelo governo e coloca a “entrega de equipamentos” como uma suas frentes.

Deputado federal concorrendo à reeleição, Carlos Chiodini (MDB), dedicou algumas postagens em seu Instagram citando a importância do setor de tecnologia – ele foi secretário de Desenvolvimento Econômico entre 2015 e 2018 – especialmente nos meses anteriores à campanha. Antecessor no cargo, o também candidato a deputado federal Paulo Bornhausen (PSD), cita no site da campanha projetos desenvolvidos durante o governo, como o Geração TEC (que apoiou a formação de mão de obra para tecnologia no início dos anos 2010) e a criação do projeto dos Centros de Inovação. 

O deputado estadual e que hoje concorre a federal Bruno Souza (NOVO), cita entre suas propostas o “aprofundamento da liberalização do Marco Legal das Startups, permitindo mais liberdade de empreendimento”.

Outro candidato tem buscado apoio entre empresas e entidades do ecossistema de inovação durante a campanha – e procurou o SC Inova para falar a respeito – é o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico dos municípios de São José e Palhoça, Marcelo Fett (MDB), que concorre à Assembleia Legislativa. 

Com passagem também por empresas de tecnologia (foi diretor de Relações com o Mercado na Softplan), Fett posiciou sua estratégia em projetos para ampliar recursos ao setor de TI. Ele cita a criação de um “gabinete de inovação” para acelerar projetos inovadores: segundo ele, 50% das vagas do gabinete seriam preenchidas por profissionais de projetos e 50% das emendas impositivas vão para iniciativas de inovação. O “GabHub”, explica, “busca uma aceleração dos projetos vindos dos polos regionais, fomentando o setor por meio de emendas e dando suporte na elaboração de projetos de lei”.  

Ele também sugere a criação de um Prodec (Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense) para inovação e formação de mão de obra – a ideia seria financiar projetos no setor por meio da postergação da arrecadação do ICMS por até quatro anos – o que poderia gerar recursos anuais em torno de R$ 500 milhões. O candidato argumenta que bastaria a inclusão de um inciso no artigo da lei que criou o Prodec no estado, em 2005, para regulamentar essa iniciativa. 

OBS: o espaço está aberto a outros candidatos que tenham propostas para o setor de tecnologia: basta encaminhar material diretamente à reportagem por e-mail.