Evento de tecnologia e gestão para o setor reuniu 2 mil pessoas em Florianópolis, das quais 70% eram diretores, representando 900 empresas. / Fotos: José Somensi/Divulgação
[FLORIANÓPOLIS, 09.09.2024]
Redação SC Inova, scinova@scinova.com.br
Florianópolis recebeu na última semana um dos principais eventos do país voltados a tecnologia e gestão para a indústria da construção, o Construsummit 2024, organizado pelo Sienge (ecossistema de serviços e produtos para o setor, uma marca da catarinense Softplan) e que reuniu em torno de 2 mil pessoas, das quais 70% diretores de empresas (c-levels) vindos de 20 estados do país.
Entre os principais temas debatidos estavam, claro, em como a IA e a transformação digital estão otimizando processos, reduzindo prazos e custos, além de integrar toda a cadeia produtiva da construção, gerando eficiência e previsibilidade nos projetos.Um dos destaques foi o uso da IA no orçamento paramétrico, inovação liderada pelo Sienge, que reduz cálculo do custo de uma obra, que tradicionalmente poderia levar até cinco horas para ser feito manualmente com uma taxa de erro de até 40%, agora é realizado em menos de três minutos
“Iniciamos o Construsummit 2024 com expectativas altas. Em 2023, fizemos um evento para cerca de 1.500 pessoas, com mais de 60% do público composto por decisores de grandes empresas do setor – não apenas construtoras e incorporadoras, mas também instituições financeiras e atores do mercado imobiliário, por exemplo. Nosso objetivo para este ano, assim como no histórico de todas as edições, era evoluir a proposta do evento, ampliando as possibilidades de networking qualificado e atendendo um público maior, e logo na abertura notamos que a expectativa foi superada”, ressaltou Guilherme Quandt, Diretor de Estratégia e Mercado da Softplan para a Indústria da Construção.
Ele destacou também temas como os impactos da Reforma Tributária para o setor, a crise de mão de obra e o aumento de produtividade com a adoção de tecnologias e inteligência artificial. “Vimos diversos elos de conexão sendo construídos e reforçados entre os gestores da construção, empresas do setor e entidades de classe, uma união muito importante que busquemos cada vez mais soluções para tornar o segmento mais eficiente. Nosso país tem proporções continentais e há muito o que aprender nessa troca. Sabemos que as soluções são importantes, mas, sem as pessoas preparadas e uma cultura adequada, a tecnologia, por si só, não resolve o problema”.
De acordo com dados apresentados no evento, o uso das soluções do “ecossistema” Sienge resultou em uma economia média de até 34% por metro quadrado construído, cotações oito vezes mais rápidas e prazos de entrega de obras 21% menores. Além disso, as operações no canteiro de obras tornaram-se até 18 vezes mais rápidas, enquanto a compra de materiais registrou uma economia média de 30%.
Outro avanço apresentado no Construsummit foi o impacto da transformação digital no planejamento de obras. Com uma metodologia “lean” (enxuta), a Prevision – construtech adquirida pela Softplan – apresentou uma ferramenta que permite uma visualização completa dos projetos, facilitando a definição de prazos e recursos necessários para cada obra – tecnologia que pode reduzir em até 21% o tempo total de entrega.
A área de construção civil da Softplan foi uma das que mais se beneficiou da estratégia de fusões e aquisições adotada nos últimos anos, ao agregar startups e empresas consolidadas ao portfólio. “Hoje, atendemos a cadeia da incorporação de ponta a ponta, desde o pré-obra até o pós-venda. Acreditamos que a conexão entre os elos dessa extensa cadeia é o que vai garantir mais produtividade e eficiência ao setor. Sem dúvidas, nossa estratégia foi imprescindível para as novidades de produto que lançamos no Construsummit”, conclui Guilherme.
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