Como transformar conhecimento e pesquisa em inovação aplicada?

Voce está em :Home-Inovadores, Joinville-Como transformar conhecimento e pesquisa em inovação aplicada?

Como transformar conhecimento e pesquisa em inovação aplicada?

Painel durante inauguração do Ágora.Connect, living lab do Ágora Tech Park, em Joinville (SC), mostrou cases reais de integração entre mercado e academia.

Painel durante inauguração do Ágora.Connect, living lab do Ágora Tech Park, em Joinville (SC), mostrou cases reais de integração entre mercado e academia. / Foto: Divulgação 


[JOINVILLE, 17.09.2024]
Redação SC Inova, scinova@scinova.com.br

Transformar pesquisas e conhecimento em inovações aplicáveis para a sociedade e o mercado é um dos grandes desafios de quem busca unir a expertise acadêmica ao universo do empreendedorismo. E quem já trilhou essa jornada pode ensinar e inspirar tanto empresas, quanto universidades e novos empreendedores a conectar os dois mundos. 

Exemplos bem-sucedidos de startups criadas por professores e pesquisadores foram destaque em painel promovido pelo Ágora Tech Park durante o lançamento do living lab de inovação aberta Ágora.Connect, mediado pelo empreendedor e doutorando Marcos Buson, CEO da MOA Ventures, empresa especializada em Corporate Venture Capital e Venture Builder, e que já auxiliou na captação de aproximadamente R$ 50 milhões em editais de fomento nos últimos anos.

De pesquisador a professor e, agora, empreendedor, Fernando Luciano viveu as diferentes realidades do ambiente acadêmico e empresarial. Graduado em Farmácia pela UFSC e com doutorado em Ciência dos Alimentos e Nutrição pela Universidade de Manitoba (Canadá), Fernando esteve há até poucos anos como coordenador de Pesquisa e Diretor da Hotmilk, aceleradora de startups da PUC/PR.

Mesmo sem ter experiência na área comercial, ele decidiu transformar seu conhecimento em negócios e, ao lado de sócios com expertise no mercado, fundou a Wesen Green, empresa que surgiu de suas pesquisas e é dedicada à promoção de qualidade de vida para pets por meio de produtos inovadores.

“A empresa surgiu graças à ideia da inovação aberta. Desde o início, buscamos a universidade para a validação do produto e, por meio de parcerias e recursos de fomento, conseguimos saltar de um faturamento de R$ 5 mil em outubro do ano passado para cerca de R$ 300 mil neste mês”, destacou Luciano. “Sem os editais e o apoio das universidades, não teríamos como colocar a empresa de pé”. 

Mestre e Doutora em Engenharia de Materiais, Katiusca Wessler atuou durante 15 anos como professora no Centro Universitário Unisociesc e, em 2021, começou a desenvolver um projeto que seria o seu salto da academia para o universo do empreendedorismo. Em 2023, ela fundou a  Nanobiocell Nanotecnologia com o objetivo de ser a primeira indústria brasileira de produção de celulose bacteriana em larga escala. Neste período, a startup já estabeleceu parcerias importantes com universidades da região com o objetivo de promover a inovação no desenvolvimento de novos produtos a base de biocelulose. 

“Há muitos anos eu queria empreender mas não sabia como. Começamos por programas de desenvolvimento, como a Jornada JEDI e o programa Nascer e entendemos que a ideia tinha sim potencial de mercado. Esta inovação dependia muito de ciência, então buscamos universidades como a Udesc e a Univille para as primeiras parcerias de pesquisa e para a incubação do projeto”, recorda. 

Engenheira de Materiais formada pela Universidade Federal de Itajubá (MG), Jessica Ramos compartilhou no painel sua experiência no time de Global R&D (pesquisa e desenvolvimento) da ArcelorMittal e dicas para um bom relacionamento com universidades. Segundo ela, há um  crescimento significativo de empresas de diferentes setores para a importância do investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação. “Projetos disruptivos demandam recursos. Por isso, o que dá certo é fazer uma boa gestão de projeto e manter uma proximidade constante entre a empresa e a universidade”, resume. 

Conteúdo oferecido por

LEIA TAMBÉM: