Florianópolis (foto) e Joinville figuram no top10 brasileiro e entre os 500+ ambientes para negócios inovadores no planeta, de acordo com índice da StartupBlink. / Foto: Claiton Conto (Unsplash)
[FLORIANÓPOLIS, 04.06.2024]
Redação SC Inova, scinova@scinova.com.br
No ranking dos ecossistemas globais de startups, o Brasil figura longe do pódio, mas segue como uma potência regional, de acordo com o recém-lançado estudo da Global Startup Ecosystem Index 2024, divulgado pela Startup Blink, plataforma de dados voltados à Nova Economia que usou informações de mais de mil cidades e 100 países. E dentro do cenário brasileiro, duas cidades catarinenses estão no top 10 e figuram entre os 500+ ambientes mundiais para desenvolvimento de empresas inovadoras.
O ranking, que tem San Francisco, Nova York, Londres e as regiões metropolitanas de Los Angeles e Boston nos primeiros cinco lugares, vê a cidade brasileira mais bem colocada (São Paulo, claro) ocupando o 23o. lugar global – posicionada entre Toronto e San Diego (California). A próxima cidade do Brasil a figurar, Curitiba, vem em uma posição bem mais distante (137o. lugar), seguida por Rio de Janeiro (146o. lugar), Belo Horizonte (173o.) e Porto Alegre (213o.).
A “Ilha do Silício”, Florianópolis, é a sexta do país de acordo com o ranking e ocupa a 283a. posição na lista global. Há mais uma catarinense figurando no estudo – é Joinville, 10a. colocada entre as cidades brasileiras e 531a. colocada mundialmente. Entre as duas cidades de Santa Catarina, ainda há Brasília (396o. lugar), Recife (471o.) e Salvador (494o.).
Com relação ao Brasil, a publicação aponta que o país já viveu dias melhores neste ranking: estava em 20o. lugar entre os países em 2020 mas agora ocupa a 27a. posição, embora esteja se mantendo nesse patamar nos últimos dois anos. De acordo com os responsáveis pela pesquisa, “a tendência geral dos ecossistemas brasileiros entre os 300 melhores do mundo é positiva este ano, com exceção de São Paulo e Rio de Janeiro. Curitiba vem subindo consistentemente na classificação a cada ano, enquanto Porto Alegre e Florianópolis permanecem estáveis em suas posições como cidades de terceiro nível”.
Em rankings com este alcance, qualquer que seja a posição é um fato notável – especialmente em se tratando de países latinoamericanos: no top 100, além de São Paulo, apenas Cidade do México, Buenos Aires e Bogotá estão presentes.
O desafio para buscar um papel mais ativo neste cenário, porém, vai muito além do potencial de empreendedores e investidores: sem políticas públicas de inovação e incentivo a negócios “portadores de futuro”, nenhuma cidade, estado ou região metropolitana do Brasil vai conseguir um destaque muito melhor do que rankings como este apontam.
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