Com faturamento de R$ 42,5 bi, SC ultrapassa RS e é 5º maior polo nacional de tecnologia

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Com faturamento de R$ 42,5 bi, SC ultrapassa RS e é 5º maior polo nacional de tecnologia

Dados do Observatório ACATE mostram que alta de 11,7% ao ano supera a média nacional e amplia participação do setor de TI no PIB catarinense.

Dados do Observatóro ACATE 2025 foram apresentados nesta quinta, durante o Startup Summit (foto), em Florianópolis. Alta de 11,7% ao ano supera a média nacional e amplia participação do setor de TI no PIB catarinense. / Crédito: Green Fotografia (Divulgação)


[28.08.2025]
Por Ecosystems + SC Inova

Com um crescimento de mais de 40% em cinco anos, o setor de tecnologia de Santa Catarina somou R$ 42,5 bilhões de faturamento em 2024, ultrapassando o Rio Grande do Sul e chegando à quinta colocação no ranking nacional, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná.

A alta em 2024 foi de 11% no ano, superando a média nacional (7,7%), resultado que amplia a participação do setor no PIB estadual para 7,75%, a terceira maior entre os estados brasileiros, e acompanha o ritmo dos últimos cinco anos: desde 2020, o setor registrou alta de 15,7% em sua participação no PIB estadual. 

Os números fazem parte de estudo divulgado pela Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) durante o Startup Summit, que ocorre de 27 a 29 de agosto, em Florianópolis (SC) – os dados completos estão disponíveis em observatorioacate.com.br.

No cenário nacional,  o setor de tecnologia no Brasil faturou R$ 813,2 bilhões em 2024, representando alta de 7,7% em relação ao ano anterior. A maior expansão, acima de 30%, veio dos estados de Sergipe, Acre, Amapá e Rondônia. Em seguida, destaque para Ceará (+20,5%), Paraná (+18,7%), Bahia (+15,6%), Distrito Federal (+11,8%), Santa Catarina (11%) e Minas Gerais (+10,8%). Apesar de perderem percentual de participação nos últimos quatro anos, São Paulo e Rio de Janeiro continuam como os estados que mais faturam no setor de tecnologia (quadro abaixo).  

RANKING DO SETOR DE TECNOLOGIA NO BRASIL
(POR FATURAMENTO)

PosiçãoEstadoFaturamentoCrescimento (%)
São PauloR$ 376 bilhões6,6%
Rio de JaneiroR$ 68 bilhões4,1%
Minas GeraisR$ 64 bilhões10,8%
ParanáR$ 55 bilhões18,7%
Santa CatarinaR$ 42,5 bilhões11%
Rio Grande do SulR$ 41 bilhões2,5%
Fonte: Observatório ACATE 2025 referente ao ano de 2024

“O crescimento do setor de tecnologia em Santa Catarina é o reflexo de uma construção consistente, baseada em qualificação de talentos, incentivo ao empreendedorismo e um ambiente colaborativo entre academia, setor produtivo e poder público”, analisa o presidente da ACATE, Diego Brites Ramos

A alta no faturamento veio acompanhada também de crescimento no número de empresas de tecnologia. Santa Catarina registrou a maior elevação proporcional no volume de negócios no setor no último ano, com alta de 6,2%, enquanto São Paulo (-0,4%), Rio de Janeiro (-4,5%) e Rio Grande do Sul (-1,2%), apresentaram retração. Com 29,4 mil negócios ativos, o estado agora ocupa a 6ª colocação nacional em número absoluto de companhias de tecnologia.

RANKING DO SETOR DE TECNOLOGIA NO BRASIL
(POR NÚMERO DE EMPRESAS)

PosiçãoEstadoNº de empresasCrescimento (%)
São Paulo222.313-0,4%
Minas Gerais51.885+0,15%
Rio de Janeiro51.879-4,5%
Paraná39.591+1,3%
Rio Grande do Sul32.610-1,2%
Santa Catarina29.365+6,2%
Fonte: Observatório ACATE 2025 referente ao ano de 2024

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A projeção para os próximos anos é ambiciosa: até 2030, Santa Catarina prevê atingir 140 mil empregos no setor, com um faturamento estimado de R$ 68 bilhões, representando quase 10% do PIB estadual. O estado também busca consolidar um papel relevante no atendimento da demanda nacional por profissionais, com expectativa de abertura de 98 mil vagas até 2027, 44 mil delas apenas para desenvolvedores. “Com essa projeção, precisamos continuar investindo em formação e retenção de profissionais para sustentar esse avanço”, completa.

Apesar dos avanços, o estudo aponta desafios, como o baixo índice de digitalização dos setores tradicionais da economia catarinense, que ainda limita o aproveitamento mais amplo das soluções tecnológicas disponíveis. A integração entre indústrias convencionais e o setor de inovação é vista como essencial para garantir um crescimento sustentável.