Cidades Inteligentes: otimizando a vida urbana

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Cidades Inteligentes: otimizando a vida urbana

Com o crescimento urbano acelerado, os conceitos de cidades inteligentes surgem como solução para melhorar a eficiência e a qualidade de vida

Com o crescimento urbano acelerado, os conceitos de cidades inteligentes surgem como uma solução indispensável para melhorar a eficiência e a qualidade de vida, integrando tecnologias para gerenciar recursos e otimizar serviços.


[08.10.2024]

Por Jean Vogel, presidente da Câmara de Smart Cities da FIESC

Em tempos de urbanização acelerada e desafios crescentes, o conceito de cidades inteligentes desponta como uma solução para transformar a vida nas cidades. Longe de ser apenas um apelo tecnológico, as cidades inteligentes buscam, acima de tudo, proporcionar uma experiência urbana que seja eficiente, inclusiva e sustentável. Para isso, a tecnologia é uma das espinhas dorsais dessa transformação, sendo aplicada em diferentes áreas da gestão pública e da infraestrutura urbana.

TECNOLOGIA COMO MEIO, NÃO FIM

Quando falamos em cidades inteligentes, é essencial entender que a tecnologia não é o foco principal, mas sim o meio para atingir melhores resultados para os cidadãos. O usuário final não está interessado em saber quais dispositivos ou protocolos são usados; o que ele busca é um serviço eficiente, seja em mobilidade, segurança ou sustentabilidade. Cidades inteligentes, portanto, precisam integrar tecnologias como a Internet das Coisas (IoT), big data e inteligência artificial de forma interoperável, eliminando barreiras entre sistemas e melhorando a experiência cotidiana do cidadão.

SUSTENTABILIDADE E INFRAESTRUTURA VERDE

Outro aspecto crucial na concepção de cidades inteligentes é a sustentabilidade. Isso se reflete em soluções como prédios verdes, que utilizam energia de forma eficiente e reduzem a pegada de carbono das cidades. Em Santa Catarina, por exemplo, eventos recentes destacaram o papel central da indústria sustentável como parte integrante dessa nova realidade urbana. Projetos como o Green Building e o uso de madeira engenheirada ilustram como o desenvolvimento urbano pode caminhar lado a lado com a preservação ambiental.

INOVAÇÃO E CULTURA

Uma cidade verdadeiramente inteligente não se limita à infraestrutura tecnológica. Ela precisa ser atraente para pessoas e empresas, e é aí que entram os chamados “fatores cool”. Cidades que valorizam a cultura, a gastronomia e a arte não apenas atraem talentos, mas criam ambientes propícios para a inovação. Exemplos como Barcelona e Amsterdam mostram que a integração de cultura e inovação é fundamental para o desenvolvimento de espaços urbanos dinâmicos e competitivos, criando ecossistemas que estimulam a criatividade e o empreendedorismo.

GOVERNANÇA E DESAFIOS

No entanto, transformar uma cidade em inteligente não é um processo simples. Um dos maiores desafios no Brasil é a fragmentação das políticas públicas e a burocracia, que frequentemente impede o avanço de projetos inovadores. Cidades como Jaraguá do Sul estão experimentando o modelo de sandbox, onde áreas livres de regulamentação são usadas para testar tecnologias como iluminação pública inteligente e sistemas de tráfego. Esse tipo de abordagem permite que soluções sejam validadas em menor escala antes de sua implementação em massa.

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Em última análise, o sucesso de uma cidade inteligente depende da colaboração entre governos, empresas e cidadãos, em um jogo de “ganha-ganha”, onde todos contribuem para um ambiente mais eficiente e funcional.

E é com o objetivo de contribuir para este cenário que a UNIVALI promove durante a IV Jornada do Conhecimento, Inovação & Sustentabilidade, painel sobre Gestão de Políticas Públicas para Cidades Inteligentes. Um importante movimento da Academia, que ajuda nessa construção conjunta que é uma Cidade Inteligente.

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