Para suprir falta de mão de obra especializada – e desafios do modelo híbrido de trabalho – organizações buscam novos caminhos para treinamento e desenvolvimento de pessoal, comenta a especialista Raquel Schürmann. / Foto: Daniel Zimmermann (Divulgação)
[BLUMENAU, 26.01.2022]
Redação SC Inova, com informações da Assessoria de Imprensa
Um dos grandes impactos do avanço tecnológico dos últimos dois anos foi a dificuldade de encontrar profissionais qualificados e também com virtudes específicas. Se essa necessidade já era latente, agora, mais do que antes, as transformações de mercado exigem pessoas que busquem capacitação constante.
Recentemente, a Fundação Dom Cabral publicou estudo em que lista a educação corporativa como um dos principais eixos de fortalecimento empresarial, além de apontar a a tecnologia como base para a conquistas de novos saberes dentro das organizações. E a adesão tech está diretamente ligada às possibilidades de oferta de qualificação profissional, principalmente por conta do modelo híbrido de trabalho, que deve permanecer como uma prática nas empresas.
“Por isso é preciso adequar o modo como disponibilizar aprendizagem no meio corporativo, considerando as novas posturas de gestores e colaboradores nessa nova realidade de mercado. Só assim se concretizará uma real capacitação da força de trabalho como um todo”, comenta Raquel Schürmann, gerente executiva da Fundação Fritz Müller (FFM), escola de educação corporativa com sede em Blumenau (SC).
Programas de treinamento e desenvolvimento de pessoal devem refletir as práticas da empresa, inclusive na forma de “abraçar” os profissionais: “as ferramentas tecnológicas aliadas aos processos presenciais podem potencializar os resultados dessas capacitações, pois tendem a gerar maior engajamento e otimização do aprendizado”, lembra a gerente executiva. Identificar a necessidade de lapidação do colaborador e direcioná-lo também é uma forma de potencializar a inserção na educação corporativa, de torná-la uma constante na carreira.
APRENDIZAGEM EM CICLOS CURTOS
Outra tendência de aprendizagem é o microlearning, ou seja, pequenas doses de ensino distribuídas ao longo do dia, associadas à rotina de produção. Variar os formatos dos conteúdos também tem impacto na maneira como eles são consumidos: mesclar vídeos, palestras ao vivo, gravadas ou presenciais e propor dinâmicas conjuntas despertam maior interesse no aprendizado.
A gamificação é outra estratégia que surte efeitos positivos e traduz a educação corporativa naquilo que ela se propõe: lapidar o profissional e muni-lo com conhecimento que reflita em resultados para a empresa. “O desenvolvimento do recurso humano dentro da corporação é investimento para ela mesma, que muitas vezes acaba descobrindo potenciais camuflados entre os colaboradores”, salienta Raquel.
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