Rede de espaços compartilhados e tradicional imobiliária são parceiras desde 2018, quando passaram a compartilhar uma unidade na Capital. Este é o sétimo investimento da Venture Builder da Brognoli.
[FLORIANÓPOLIS, 07.03.2022]
Redação SC Inova, com informações das empresas
O S7 Coworking, rede de espaços compartilhados que conta com três unidades em Florianópolis, anuncia nesta semana a entrada da Brognoli Negócios Imobiliários, tradicional imobiliária da região metropolitana, como sócia na operação. A parceria entre as empresas começou em 2018, quando a Brognoli firmou parceria com o S7 para compartilhar um edifício no Largo Benjamin Constant, área nobre no centro da capital catarinense (foto abaixo), que se tornou a segunda unidade da rede de coworking.
Os detalhes da operação não foram divulgados, mas as negociações começaram há cerca de seis meses. O movimento se explica pelo avanço da Brognoli em projetos de transformação digital e inovação corporativa nos últimos quatro anos – a imobiliária, fundada há mais de 60 anos, já investiu em outras seis startups do segmento de proptechs por meio do modelo de venture builder.
O S7 iniciou as operações em 2015, com uma unidade no Centro de Florianópolis e recentemente abriu uma terceira unidade, no bairro do Santa Mônica, próximo às duas principais universidades da cidade – é também a primeira a fazer parte da Liga de Espaços Extraordinários (LExC), fundada em 2011 nos EUA e com presença global.
Ao longo dos anos, S7 e Brognoli compartilharam também ideias e dados tanto sobre o crescimento do uso flexível de espaços de trabalho, como sobre os modelos de negócio capazes de dar vazão à demanda estimada de 30% do mercado imobiliário comercial flexível até 2030, como previa a Jones Lang LaSalle antes da pandemia.
Como lembra Marcelo Neto, diretor e fundador do S7, a nova cultura híbrida, com a retomada das atividades pós-pandemia, dá indícios não somente de recuperar o tempo perdido, mas de abreviar o prognóstico para 2027 em função do crescimento exponencial da cultura de trabalho híbrido que prefere a flexibilidade como serviço em vez da tradicional locação de lajes corporativas.
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“Desde 2015 apostamos na cultura híbrida ao atender profissionais independentes e empresas que já nasceram buscando flexibilidade, confiantes que ao longo do tempo haveria uma migração natural. Agora, com a retomada e a normalização do conceito flexível, não há racional que sustente os custos da locação comercial tradicional, assim como a performance de times remotos deve incluir encontros presenciais nas nossas unidades nos mais diversos formatos. Passamos dois anos nos adaptando a essas novas demandas e estamos prontos para crescer novamente”, comenta.
Esse crescimento, por sua vez, depende de novos modelos de negócio. Marcelo também explica que, principalmente nos EUA, operadores flexíveis como o S7 e incorporadores ou proprietários de edifícios trabalham em conjunto, criando sociedades específicas para operar equipamentos ociosos antes dedicados à locação tradicional, como ocorre há décadas na hotelaria.
Para Eduardo Barbosa, CEO da Brognoli, “além de termos acesso a um vasto portfólio de imóveis com este potencial, as startups que investimos podem colaborar com o S7 para otimizar ainda mais a gestão de espaços comerciais e residenciais flexíveis, gerando novas oportunidades para todos e respondendo à corrente pressão econômica com inovação, como sugere a cultura que construímos ao longo dos últimos anos.”
Deste conjunto complementar de sete startups no portfólio, antecipam Marcelo e Eduardo, poderão surgir novos produtos e serviços: “temos alguns conceitos sendo testados no momento e um projeto importante a ser lançado ainda em 2022”, antecipa o diretor do S7.
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