[DIÁRIOS DA IA] Agentic AI em 2025: como escolher o caminho certo para não se tornar obsoleto?

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[DIÁRIOS DA IA] Agentic AI em 2025: como escolher o caminho certo para não se tornar obsoleto?

Diversos frameworks competem pela atenção: uns prometem simplicidade, outros robustez, alguns apostam na velocidade e outros na profundidade

Hoje, diversos frameworks competem pela atenção de empresas inovadoras. Uns prometem simplicidade radical, outros robustez, alguns apostam na velocidade e outros na profundidade. / Imagem: ChatGPT/SC Inova Micheile Henderson (Unsplash)


[28.07.2025]

Por Eduardo Barbosa, CEO da Brognoli Imóveis e um dos responsáveis pelo Conselho Mudando o Jogo (CMJ) em SC e RS. Escreve semanalmente no SC Inova

O mundo não muda de forma gradual, como acreditamos ingenuamente. Ele se move por saltos, grandes e silenciosos, que só enxergamos claramente ao olhar para trás. 

Estamos agora diante de um desses momentos: a era “Agentic AI”, sistemas inteligentes com autonomia real para agir, decidir e se adaptar continuamente. A questão não é mais “se”, mas sim “como” você irá adotar esses agentes para se manter relevante.

Hoje, diversos frameworks competem pela atenção de empresas inovadoras. Cada um com seu próprio DNA: uns prometem simplicidade radical, outros robustez implacável; uns apostam na velocidade, outros na profundidade.

Para quem deseja testar ideias rapidamente, frameworks como CrewAI e AutoAgent são tentadores. 

  • CrewAI permite colaboração dinâmica entre agentes com mínimo esforço técnico, ideal para equipes pequenas que precisam validar conceitos rapidamente. 
  • Já AutoAgent simplifica ao extremo a criação de agentes inteligentes sem a necessidade de codificação, democratizando o acesso a quem não domina o jargão técnico.

No outro extremo, estão os frameworks mais robustos, pensados para ambientes corporativos complexos: Microsoft Semantic Kernel e AutoGen. Esses sistemas trazem segurança e escalabilidade que grandes organizações exigem para evitar erros que custam milhões. 

  • Semantic Kernel, com memória persistente e integração profunda ao ecossistema corporativo, oferece estabilidade operacional que poucas empresas podem abrir mão. 
  • AutoGen, por sua vez, entrega capacidade de gerenciar múltiplos agentes em fluxos sofisticados, algo essencial para organizações que desejam estar na vanguarda tecnológica sem abrir mão do controle operacional.

Há ainda o equilíbrio inteligente proporcionado por soluções como LangChain e LangGraph, que se encaixam na filosofia de quem prefere flexibilidade sem abrir mão da sofisticação. Estes frameworks permitem a criação de workflows modulares, adaptáveis e integráveis, onde diferentes agentes podem ser incluídos ou removidos conforme a necessidade. 

Essa flexibilidade pode ser o maior diferencial estratégico em tempos de mudanças rápidas e imprevisíveis.

Mas, além da escolha técnica, há uma escolha filosófica e estratégica fundamental: adotar agentic AI implica reconhecer que você não controla mais tudo diretamente. Você delega confiança a sistemas que vão aprender, errar e melhorar de forma autônoma. 

Essa delegação pode parecer desconfortável inicialmente, mas será inevitável. Empresas que tentarem manter-se rígidas, sem delegar, correrão o risco de se tornarem irrelevantes no mercado.

Por outro lado, aquelas que adotarem agentic AI com clareza estratégica estarão equipadas para enfrentar desafios complexos, com respostas adaptativas e eficazes, mesmo em cenários de caos ou mudanças repentinas. 

Mais importante do que entender as características técnicas dos frameworks disponíveis é entender que tipo de empresa você deseja se tornar. 

A sua escolha será uma expressão direta da sua filosofia organizacional e da sua visão de futuro.

O desafio, portanto, não é meramente tecnológico. É uma questão existencial para os negócios. Afinal, no cenário que se desenha para os próximos anos, adaptar-se rapidamente não será mais apenas uma vantagem competitiva — será uma condição básica para a sobrevivência.

GOVERNANÇA E SEGURANÇA: SEM PERDER O CONTROLE

A adoção da Model Context Protocol (MCP) — padrão aberto já abraçado por OpenAI, Google DeepMind e outros em 2025 — tem unificado forma de conectar agentes a dados externos com segurança e auditabilidade. Mas atenção: ainda há riscos como injeção de prompt e ferramentas maliciosas — então governança, supervisão humana e logs audíveis são fundamentais.

ESTRATÉGIA PARA EMPRESAS QUE QUEREM SURFAR ESSA ONDA

  1. Comece pequeno, enxuto e focado — implemente um agente simples para um problema real.
  2. Adote uma arquitetura de plataforma modular, permitindo adicionar agentes sem redesign total — inspirada pela abordagem recomendada por TechRadar e Forrester 
  3. Estruture governança desde o início — privacidade, supervisão, compliance e logs não são opcionais.
  4. Escolha o framework certo para seu perfil:
    1. Para prototipagem: CrewAI, AutoAgent
    2. Para produção corporativa: Semantic Kernel, AutoGen
    3. Para workflows complexos: LangChain, LangGraph

Você está pronto para essa revolução silenciosa? Ou continuará acreditando que o mundo seguirá mudando lentamente enquanto ele já acelera em saltos?

REFERÊNCIAS: