A fragilidade de um território vai muito além de questões relacionadas à infraestrutura de vias, prédios ou legislação, há de se observar um outro fator essencial para o sucesso das cidades e das empresas: a felicidade.

[14.11.2025]![]()
Por Jean Vogel, presidente da Câmara de Smart Cities da FIESC e CEO da Ecosystems Builders
Durante o workshop de encerramento da missão que promovemos à Barcelona neste ano, para participar do Smart City Expo World Congress, o diretor-geral do SENAI de Santa Catarina, Fabrízio Pereira, sintetizou com precisão o propósito que move a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) para o tema das smart cities: “não existe indústria forte em território frágil.”
Essa frase resume o ponto central do debate sobre desenvolvimento e inovação. Num mundo cada vez mais digital, são as pessoas – e não os algoritmos – que seguem fazendo a diferença.
TERRITÓRIOS FORTES SÃO AQUELES QUE ATRAEM E RETÊM TALENTOS
Na economia contemporânea, um território frágil é aquele incapaz de formar, atrair e manter talentos. Parece óbvio, mas em um mundo pós-pandemia, no qual o trabalho remoto se tornou norma, as pessoas estão migrando não mais para onde estão os empregos, mas para onde está a qualidade de vida: lugares seguros, saudáveis e inspiradores.
E há uma inversão interessante nesse movimento: ao criar boas condições de vida, as cidades passam também a abrigar os melhores empregos. As empresas seguem os talentos, e os talentos seguem a felicidade.
BAIRROS PLANEJADOS: LABORATÓROIOS DE BEM-ESTAR
É aqui que entram os bairros planejados privados, verdadeiros laboratórios urbanos de bem-estar. Eles materializam o conceito de cidades inteligentes e cidades de 15 minutos, oferecendo ambientes onde é possível morar, trabalhar, estudar e se divertir a poucos passos de distância.
Nesses espaços, segurança, natureza e estética convivem de forma equilibrada. Projetos como o Cidade Aruna, em Maringá e Porto Rico (PR), e o Cidade das Águas, em Joinville (SC), exemplificam esse movimento. São territórios onde o propósito não é apenas construir, mas cultivar felicidade – o ingrediente secreto para estimular inovação.
CUIDAR DA FELICIDADE É CUIDAR DA INOVAÇÃO
Empresários e gestores precisam compreender que a inovação nasce de mentes saudáveis e corações motivados. De nada adianta investir em workshops, consultorias e metodologias ágeis se o time está exausto, mal alimentado, enfrentando longos deslocamentos e sem propósito. Ninguém inova em dias cinzentos.
Na economia do conhecimento, felicidade é produtividade – e possivelmente o maior diferencial competitivo. Você já ouviu falar no FIB, o Felicidade Interna Bruta? Pois é, o futuro das empresas e das cidades pode estar diretamente ligado a esse indicador.
HAPPINESS DRIVING INNOVATION
Na Ecosystems Builders essa crença está no centro da nossa cultura, pois acreditamos que ambientes de inovação precisam estar inseridos em territórios que transbordam os conceitos de cidades inteligentes, e não apenas pelo design urbano, mas pela experiência humana que proporcionam.
Nosso conceito sintetiza essa visão: Happiness Driving Innovation.
A felicidade impulsiona a inovação, e é dela que nascem as cidades e empresas do futuro.
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