Com união das atividades, as startups que atuam em áreas complementares no desenvolvimento de profissionais, pretendem formar 100 mil desenvolvedores no país até 2023.
[FLORIANÓPOLIS, 04.11.2020]
Redação SC Inova, scinova@scinova.com.br
A tendência de fusões e aquisições no ambiente de startups segue em alta no país. Nesta quarta, a paulista Shawee, que criou uma plataforma online para gestão de hackathons (maratonas de desenvolvimento), anunciou união com a catarinense Rocketseat, de Rio do Sul, que fornece capacitação para programadores.
Criada em 2017 pelos devs Cleiton Souza, Robson Marques e Diego Fernandes, a Rocketseat surgiu para ajudar a resolver um problema crônico no mercado de TI: a falta de profissionais especializados. Assim, a startup se estabeleceu a partir de uma plataforma digital pela qual os alunos aprendem de acordo com a necessidade do mercado de trabalho.
Eleita recentemente como “startup do ano” pela Associação Brasileira de Startups, a Shawee profissionalizou a gestão destas maratona de programação ao desenvolver uma plataforma online que gerencia todas as etapas, da inscrição dos participantes, até a avaliação dos pitches pelos jurados. Mesmo com a fusão, ambas as marcas permanecem e o time, somado, terá mais de 70 colaboradores.
As duas empresas já eram parceiras desde 2018 e, agora juntas, pretendem formar mais de 100 mil programadores no Brasil até o final de 2023. Missão impossível? Até agora, Rocketseat e Shawee já impactaram cerca de 500 mil pessoas no país. E seguem em crescimento: enquanto a startup catarinense estima um crescimento de 70% no faturamento (não divulgado) em 2020, a Shawee – mesmo com o fim dos hackathons físicos em função da pandemia – já superou os resultados do ano passado, com receitas na casa de R$ 3 milhões neste ano.
Em 2020, registramos aqui no SC Inova diversas operações de fusão entre startups que atuam em áreas afins. Uma delas, também na área de educação para TI, foi a aquisição da Codenation (SC) pela Trybe (SP), o que reforça a alta demanda por formação de desenvolvedores para o mercado de tecnologia (algo que cresceu muito com a pandemia).
Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), a demanda por programadores no país é de 70 mil vagas/ano – enquanto as universidades não chegam a formar 45 mil profissionais.
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