Opinião: o polo catarinense de tecnologia não para

Por Daniel Leipnitz*

O polo tecnológico de Santa Catarina não é estático. Ele está em constante movimento – são empreendedores que buscam todos os dias alçar voos mais altos, incubadoras que procuram novas ideias para transformar em negócios, aceleradoras que selecionam empresas que estão se destacando no mercado para torná-las ainda mais competitivas, fundos de venture capital que investem em startups.

Isso ocorre em todo o Estado, que concentra seis grandes polos de tecnologia espalhados geograficamente pelas mesorregiões Norte, Vale do Itajaí, Grande Florianópolis, Sul, Serra e Oeste. Esses polos, juntos, já faturam aproximadamente R$ 11,4 bilhões e correspondem a aproximadamente 5% do Produto Interno Bruto (PIB) de Santa Catarina. São 2,9 mil empresas de tecnologia, com cerca de com 5,3 mil sócios empreendedores e mais de 47 mil funcionários.

“Um diferencial do setor tecnológico catarinense é ser formado por empreendedores locais. Ele não se desenvolveu em função de empresas de outras regiões ou grandes multinacionais”.

Parte do que acontece nesse cenário pode ser compreendida em uma visita ao Centro de Inovação ACATE – Primavera, em Florianópolis, um galpão com mais de 6.000 m² onde concentram-se empresas de tecnologia, incubadora, fundos de investimento e outros diversos atores desse ecossistema de inovação. O local foi projetado para ser um grande coworking e estimular a troca de ideias e a economia colaborativa. É ponto de encontro para negócios, eventos e happy hours.

Como representante deste segmento que nunca para, a Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE) decidiu não ficar inerte. Queremos estimular ainda mais os empreendedores a sair do lugar, mostrar o que fazem e conquistar os mercados nacional e global. Cientes de que São Paulo é o maior berço de oportunidades de negócios do Brasil, inauguramos em parceria com a CO.W Coworking escritórios em três regiões estratégicas da capital paulista: Berrini, Itaim Bibi e Vila Olímpia. Os novos centros de empreendedorismo servirão não só como uma vitrine da TI catarinense, mas estarão disponíveis aos nossos empresários como locais para reunião, alocação de equipes, instalação de filiais e realização de eventos.

Em São Paulo, a sede da entidade fica na unidade Berrini. O espaço é muito parecido com nossa sede em Florianópolis, para que todos se sintam em casa. Quem estiver na capital paulista e quiser respirar um pouco do ecossistema de inovação catarinense, venha nos visitar. Esperamos inspirar em todo o Brasil a vontade de fazer mais por esse setor que não polui, emprega mão de obra qualificada e auxilia empresas dos mais diversos segmentos econômicos a se reinventarem e superarem a crise.

*Daniel Leipnitz é presidente da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE)