Com terceiro Fundo de Investimento em Direitos Creditórios, fintech catarinense que busca receita de R$ 1 bi em 2026 quer expandir concessão de crédito para pequenas e médias empresas (PMEs). / Foto: Divulgação
[20.08.2025]
Redação SC Inova, scinova@scinova.com.br
O Asaas, fintech de Joinville que se tornou um dos principais cases de tecnologia financeira do Sul do Brasil, anunciou a captação de seu terceiro Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), no valor de R$ 100 milhões. A nova estrutura será gerida pela Kanastra, com distribuição das cotas a cargo do Itaú BBA, coordenador líder, e participação do Bradesco BBI.
A operação reforça a estratégia da empresa em expandir a concessão de crédito para pequenas e médias empresas (PMEs), público que se mantém no centro do modelo de negócios da fintech. Além disso, o novo fundo dá fôlego para a ampliação de soluções digitais de pagamento, como o avanço das cobranças por link.
“Este novo FIDC vai nos permitir ampliar nossa capacidade em oferecer soluções financeiras cada vez mais completas”, afirma João Possamai, CFO do Asaas. A fintech obteve recentemente a classificação AAA pela S&P Global Ratings, nota máxima no mercado nacional, indicando qualidade de crédito e baixa probabilidade de inadimplência.
“Com essa estrutura e reconhecimento, reforçamos nossa solidez financeira para acelerar nossas frentes em meios de pagamento digitais e crédito”, conclui o diretor.
O novo fundo soma-se a um histórico de captações que tem sustentado a escalada do Asaas. Em 2022, a fintech estruturou seu primeiro FIDC voltado ao crédito para PMEs e, no ano seguinte, ampliou essa base com um segundo fundo de R$ 200 milhões. Em 2024, deu um salto ainda maior com a rodada Série C de R$ 820 milhões, liderada pela BOND e com a participação de Softbank, 23S Capital e Endeavor Catalyst — a primeira vez que atraiu fundos internacionais para a sua operação. Agora, em 2025, o novo FIDC de R$ 100 milhões consolida o caminho de diversificação de capital e posiciona a empresa para uma nova fase de crescimento.
Para a Kanastra, gestora do fundo, o movimento sinaliza a maturidade do negócio. “O FIDC dará mais eficiência para a estrutura de capital da companhia e vai prover liquidez para operar linhas de curto prazo. Do lado operacional, tem todas as integrações por API, é como se o dinheiro viesse do próprio caixa da empresa”, argumenta Manuel Netto, managing partner da Kanastra.
Com mais de 210 mil clientes e R$ 500 milhões de receita recorrente anual (ARR), o Asaas projeta R$ 1 bilhão em faturamento até 2026 e pretende ultrapassar a marca de R$ 2 bilhões em 2027.
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