Startup fundada no final do ano passado pelos empreendedores Fabiane Pellegrino, Lucas Maceno e Caio Bonatto, desenvolveu uma solução para ajudar pessoas a financiar a construção individual da casa própria. / Foto: Divulgação
[FLORIANÓPOLIS, 24.03.2023]
Redação SC Inova, com informações da Assessoria de Imprensa
O fundo catarinense especializado em proptechs e construtechs Terracotta Ventures anunciou nesta semana um investimento seed, em parceria com a Honey Island by 4UM, do Paraná, de R$ 5 milhões na Makasi, startup que desenvolveu uma solução que pretende ajudar milhares de pessoas a financiar a construção individual da casa própria.
Lançada em dezembro de 2022 por Caio Bonatto, Fabiane Pellegrino e Lucas Maceno tecverde, a empresa já ajudou cerca de 200 famílias a conseguirem financiamento para construção – destas, 50 já estão morando nas casas viabilizadas. O portfólio da startup soma cerca de R$ 50 milhões de valor das casas e terrenos, gerando aproximadamente R$ 40 milhões em financiamento a construção de instituições financeiras parceiras.
Makasi surgiu de um projeto incubado por três anos na Tecverde, empresa que Caio e Lucas co-fundaram e se tornou referência em construção industrializada. Hoje mais de 25 mil pessoas moram ou usam imóveis entregues pela Tecverde, que foi comprada em 2020 por uma joint venture formada por Etex e Arauco.
Conforme Caio Bonatto, a Tecverde foi fundada com o propósito de tornar o setor da construção civil mais industrializado e sustentável, possibilitando que mais pessoas conquistem o sonho da casa própria; a Makasi tem um desejo diferente: compartilha do propósito de dar acesso ao sonho da casa própria a milhões de pessoas, mas desta vez por um viés financeiro, do crédito a construção.
Os planos de 2023 da Makasi são de expansão em outras regiões do Brasil e de viabilizar a venda de mais 400 casas através de seus parceiros. Isso representa cerca de R$ 100 milhões em VGV a ser financiado pelos bancos parceiros. Até 2030 a projeção é chegar num ritmo de 10 mil casas financiadas e construídas por ano por meio da plataforma. A Makasi vai aplicar 75% dos recursos do aporte em desenvolvimento de produto e software e 25% na criação de novos canais de venda e crédito para escalar o negócio.
“Com a dificuldade de acesso ao financiamento à construção individual, milhares de famílias ficam de fora do mercado imobiliário ou acabam construindo suas casas aos poucos. Nós surgimos com a missão de retomar esse segmento por meio da tecnologia e permitir que milhões de pessoas construam a casa dos seus sonhos. A forma que a gente faz isso é garantindo para os bancos que as construções financiadas vão ser entregues no prazo, custo e qualidade contratados”, aponta Caio Bonatto.
VISÃO DOS INVESTIDORES: GAP DE MERCADO E CONEXÃO COM MERCADO FINANCEIRO
Com o investimento, a Makasi passa a compor o portfólio de investidas do veículo Terracotta Warriors I, lançado pela Terracotta Ventures para aportes seed em proptechs e construtechs. O fundo já conta com dez aportes em startups early stage.
Bruno Loreto, cofounder e managing partner da Terracotta Ventures, comenta que o aporte se deu a partir da relação construída ao longo dos anos com os sócios da startup. A proposta da Makasi também converge com a necessidade de eliminar as barreiras que existem no financiamento individual da casa própria. “Na pandemia, chamou a atenção como as pessoas passaram a valorizar mais a vivência em uma casa devido à privacidade, área externa e outros fatores que expressam essa vontade do brasileiro. Apesar de termos um mercado de construção horizontal amplo no país, ele é desafiador porque é cheio de ineficiência nas etapas de construção e financiamento, fazendo com que muitas pessoas desistam do sonho ou deixem a casa própria construída pela metade” aponta Loreto.
Esta é a primeira empresa do setor de construção civil a receber aporte da Honey Island e 4UM Investimentos, especializados no mercado de inovação financeira (fintechs). “Enxergamos no setor da construção civil e mercado imobiliário um enorme potencial para empresas que querem desenvolver produtos financeiros realmente inovadores”, afirma Mariana Foresti, managing partner da Honey Island e membro do comitê de investimentos do fundo.
Segundo ela, “a startup possibilita, de um lado, o financiamento da construção, além do desenvolvimento de seguros que antes não eram possíveis pela imprevisibilidade da entrega do bem dentro de um custo, prazo e qualidade determinados”.
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