Catarinenses no Web Summit: projetos e conexões pretendem aproximar o ambiente de inovação em SC e Portugal

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Catarinenses no Web Summit: projetos e conexões pretendem aproximar o ambiente de inovação em SC e Portugal

Comitiva de Florianópolis reúne empreendedores e representantes do setor público. Entre as propostas em negociação, está a criação de uma aceleradora binacional, junto com portugueses, para desenvolver soluções de mobilidade e sustentabilidade

Comitiva de Florianópolis reúne empreendedores e representantes do setor público. Entre as propostas em negociação, está a criação de uma aceleradora binacional, junto com portugueses, para desenvolver soluções de mobilidade e sustentabilidade

 

Nesta semana, Portugal está no centro das atenções da comunidade internacional de tecnologia e inovação graças ao Web Summit 2018, evento que reúne quase 70 mil pessoas de mais de 150 países até a próxima quinta-feira (08.11), em Lisboa.  

Com um efervescente cenário de startups e novos negócios – além do estímulo do governo  local para atrair empresas, investidores e profissionais qualificados – Portugal tem se destacado como um dos hotspots de inovação na Europa e tem chamado a atenção de empreendedores do Brasil – e especialmente os de Florianópolis.

Diogo, Iuri e Alex, da Glóbulo: primeiro passo para aproximar empreendedores e criação do Brazilian Makers.

Uma missão manezinha ao Web Summit foi liderada pela Glóbulo, empresa que atua há 13 anos na área de posicionamento de marcas e branding, que recentemente trouxe uma comitiva lusa à capital catarinense. Alex Lima, CEO da Glóbulo, e os sócios Diogo Machado e Iuri Forte embarcaram para Lisboa junto com diversos parceiros num movimento recém criado chamado de Brazilian Makers.

Movimento que, segundo Iuri, “é uma iniciativa que pretende tornar Lisboa a porta de entrada de negócios brasileiros na Europa e, ao mesmo tempo, tornar o sul do Brasil o caminho dos empreendedores europeus para a América Latina”.

Além da aproximação entre empreendedores, o setor público local tem um grande interesse em estabelecer parcerias com entidades de inovação de Portugal. O superintendente de ciência, tecnologia e inovação de Florianópolis, Marcus Rocha, destacou a grande quantidade de estandes para promoçao de cidades, regiões, estados e países interessados em atrair negócios (principalmente startups) e investimentos.

“A demanda de mercado para cidades digitais e inteligentes existe. A grande questão é  que é um tema muito amplo e é preciso fazer uma diferenciação aí: uma cidade pode ser digital por meio da disponibilidade de tecnologia, mas as smart cities demandam participação efetiva do poder público, que é quem define as políticas. Em Florianópolis, é preciso primeiro trilhar o caminho para ser uma cidade digital e paralelamente adotar práticas de gestão e integração, ter um pacto para definir o Plano Diretor”, explica.

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Para ele, ações recém lançadas pela prefeitura, como o Living Lab (que vai selecionar startups para desenvolver soluções para os cidadãos) e o edital para dotar a cidade com pontos de wi-fi gratuito de norte a sul, são alguns dos primeiros passos para torná-la digital.

Mas há outras iniciativas sendo negociadas neste momento em Lisboa.

Uma delas é a possibilidade de criação de uma aceleradora binacional, uma parceria entre entidades de ciência e tecnologia de Florianópolis e de Portugal para atrair e desenvolver startups com foco em soluções de mobilidade e sustentabilidade. A ideia é que a entidade portuguesa faça uma chamada global de startups, que ficariam inicialmente incubadas na Europa para desenvolvimento de produto durante alguns meses. Num segundo passo, elas viriam para Florianópolis fazer a aceleração mercadológica levando a solução para uso na cidade. A negociação está bem avançada e é possível que o lançamento oficial – e a divulgação do nome das entidades participantes – possa ser revelado em cerca de 60 dias.

Uma iniciativa que reforçaria de maneira significativa os laços de inovação entre Santa Catarina e Portugal.

“A ideia é conectar de forma mais sólida esses dois ecossistemas criativos com oportunidades de consultorias para ambientação das empresas, acesso a fundos de investimentos, aproximação com os mercados locais e inclusão numa rede de relacionamento tanto no Brasil, quanto em Portugal”, explica Alex Lima, CEO da Glóbulo.

 

Reportagem: Fabrício Rodrigues, scinova@scinova.com.br