Agile Experience 2018: mais de 1,2 mil pessoas debatem o futuro da área de vendas em Florianópolis

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Agile Experience 2018: mais de 1,2 mil pessoas debatem o futuro da área de vendas em Florianópolis

Evento organizado pela Involves apresenta estudo nacional de trade marketing e lança missão empresarial para buscar referências em outros continentes.

Evento organizado pela Involves apresenta estudo nacional de trade marketing e lança missão empresarial para buscar referências em outros continentes. Fotos: José Somensi

Execução, omnichannel, tecnologia e o futuro da área de vendas foram alguns dos temas recorrentes debatidos no Agile Experience (AEx) 2018, maior evento dedicado ao setor de trade marketing na América Latina e que reuniu mais de 1,2 mil pessoas em Florianópolis, nos dias 19 e 20 de outubro.

Promovido pela Involves – desenvolvedora de software que oferece controle e análise do ponto de venda a indústrias, distribuidores do varejo e agências – o AEx começou como um fórum de debates e troca de experiências entre os profissionais e empreendedores da área, em 2015 (reunindo então cerca de 150 pessoas), e acabou redefinindo a própria estratégia de crescimento da empresa, que completa 10 anos em 2019 e vem estruturando um processo de internacionalização no México e Colômbia.

Com sede na capital catarinense e filial em São Paulo (SP), a empresa conta com mais de 150 colaboradores e tem no portfólio clientes do porte de L’Oréal, Motorola, Nestlé, 3 Corações, Danone e Samsung, entre outras. A expectativa de crescimento em 2018 é de 50% frente ao ano passado, com perspectiva de faturamento em torno de R$ 26 milhões.

A partir da experiência com o AEx, a Involves criou o Clube do Trade, portal de conteúdo especializado para gestores e decisores da área, e lançou outras iniciativas como a pesquisa Trade Insight e, neste ano, apresentou a Missão do Clube, que levará gerentes do segmento para vivenciar experiências de trade marketing do exterior. Em parceria com a Trade2Business, a iniciativa tem três viagens previstas: Paris, Dubai e Chicago.

“Nestes últimos 10 anos acompanhamos o trade evoluir muito. Ver no que o segmento se transformou no Brasil é uma realização. Estamos construindo isso em conjunto”, comentou o CEO André Krummenauer na abertura do evento, realizado no Costão do Santinho. Além das 25 palestras e painéis, o evento contou com uma feira de negócios, que expôs ferramentas, serviços e inovações do mercado.

O poder da tecnologia e sua influência nas relações de consumo foram abordados por Sandro Magaldi, cofundador do meuSucesso.com e um dos palestrantes mais aguardados do evento. “Você está preparado para a gestão do amanhã? Hoje me dedico exclusivamente a buscar responder essa questão. Em nenhum momento da história da humanidade aconteceram tantas e tão intensas transformações. O ser humano precisa se dedicar a pensar, antecipar problemas. Isso a máquina ainda não faz”, provocou.

Paco Underhill, referência em comportamento do consumidor e autor do best-seller Vamos às Compras, abriu a programação do segundo dia e  falou sobre a importância de trazer novas experiências para o ponto de venda. Ele mostrou como associar diferentes artigos em campanhas nas lojas pode fazer sentido: “quando o consumidor vê expostos juntos o carvão e o frango, por exemplo, já imagina um frango assado. Associar produtos faz as pessoas imaginarem o resultado final”.

Os sócios fundadores da Involves: de 150 pessoas no primeiro AEx, em 2015, para 1,2 mil em quatro anos. / Foto: José Somensi.

PANORAMA DO TRADE MARKETING NO BRASIL

O trade marketing é uma prática que tem como prioridade atender as demandas do comprador no ponto de venda. Para entender seu panorama no Brasil, o Clube do Trade lança a segunda edição da pesquisa Trade Insight durante o Agile Experience. Colaboraram para traçar o perfil e a maturidade do setor 351 participantes, de todas as regiões, e atuantes principalmente nos segmentos de varejo, serviços, bebidas, higiene e perecíveis.

Mais de 80% afirmaram que em sua empresa existe uma estrutura de trade marketing. Entre os 19,9% que afirmam não contar com o trade, 29,1% precisam de mais informações, 20% não têm orçamento e 15,7% não sabem por onde começar. “Isso mostra as diversas oportunidades de desenvolvimento do setor, como a criação de uma organização dedicada para formar mais profissionais qualificados e a disseminação de uma cultura com foco e conhecimento dos clientes”, ressalta Jonatas Calábria, gerente de trade marketing e merchandising da Assaí Atacadista.

Em 67,7% das ocasiões, o uso é para monitorar e gerenciar as operações de trade marketing, interna ou externamente. Aqueles que ainda não contam com a participação da tecnologia apresentaram como principais justificativas as faltas de investimento, conhecimento, interesse ou estrutura, ou então o fato da implementação estar em estágio inicial.

“O setor de trade marketing está em constante expansão. Com o lançamento dessa pesquisa nós queremos expor ao mercado algumas de suas características e sugerir pontos de melhorias para que a prática continue a evoluir no país”, diz Arielli Secco, coordenadora de conteúdo do Clube do Trade.